Você deve estar se perguntando: “quem?”. Justo. Charles Alexander Haddon era o vocalista do pouco conhecido trio inglês (de Londres) chamado Ou Est Le Swimming Pool. Era, não é mais, porque ele tomou uma atitude extrema nessa sexta-feira, dia 20 de agosto: se suicidou.
A banda não é grande coisa, devo dizer – e por eu achar isso é que nunca postei nada sobre ela no Floga-se. Mas agora é diferente, merece uma citação.
O Ou Est Le Swimming Pool faz um dance-indie-rock-pop chato, na minha opinião, claro, mas que vinha sacudindo algumas cabeças pelo Velho Continente. Quem conhece o Automatic (daquele cidadão que fica gritando no meio das músicas), talvez possa ter uma noção do que se trata. Aí embaixo, de qualquer forma, você poderá ouvir a banda.
O grupo era um dos mais cotados para arrebentar e embalar o próximo verão no hemisfério norte (o de 2011), já que o primeiro disco, “The Golden Years”, será lançado (a data ainda está valendo) na primeira semana de outubro. Até agora, apenas três singles surgiram e todos eles obtiveram boa resposta.
O último deles, lançado em fevereiro, foi “These New Lights”. O clipe é esse:
O trio formado por Haddon, Joe Hutchinson e Caan Capan estava com a agenda cheia: shows pela Europa e uma boa turnê pela Austrália. E foi após um desses shows que a tragédia aconteceu. Charles Alexander Haddon, ou simplesmente, Charlie, se matou.
Após a apresentação da banda no Pukkelpop Festival, na Bélgica, Charlie subiu num poste atrás do palco e se jogou. O corpo foi encontrado estirado no chão do estacionamento do evento. São informações que a polícia passou e que o site do festival reproduziu, embora pareça uma história mal contada. Ele tinha 22 anos. Vinte e dois!
Por que o suicídio? A questão intriga – sempre. Os astros do pop sempre tiveram atitudes destrutivas (Jim Morrison, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Elis Regina, Ian Curtis, Michael Hutchence e Kurt Cobain – esses três últimos que, enfim, se mataram de fato) e sempre se especulou sobre a pressão que a fama faz sobre suas mentes. Mas Charles Haddon ainda não era famoso. E nem se pode dizer que seria – muito menos um ídolo como os listados aí.
Talvez o problema fosse depressão, talvez algum distúrbio psicológico, talvez outro tipo de pressão. O mundo da música talvez nem queira saber o motivo. Sabe que o ocorrido pode trazer bons frutos em vendas no lançamento de “The Golden Years”. É assim que a coisa funciona.
O primeiro single do disco é “Jackson’s Last Stand”, com esse vídeo:
O anúncio oficial da morte foi esse: “Estamos profundamente tristes com a confirmação de que nosso amigo Charlie Haddon faleceu ontem, sexta-feira, dia 20 de agosto. O cantor acabara de se apresentar com sua banda, Ou Est Le Swimming Pool, no Pukkelpop Festival, na Bélgica. Tinha 22 anos. (…). Descanse em paz”.
Pra conhecer mais da banda, vá ao site oficial, clicando aqui.
—
Dias atrás outro suicídio foi notícia neste blogue, cada vez mais parecido com o programa dos Datenas da vida. Foi num show do Swell Season, lembra?
—
ATUALIZANDO (em 24 de agosto de 2010)…
Os jornais ingleses andaram futucando a história e chegaram a uma conclusão ainda mais doida sobre o suicídio do vocalista do Ou Est Le Swimming Pool: ele se matou por ter medo de ter deixado uma fã paralítica.
Desfaça a cara de “como é que é?”.
Acredita-se que ele temia ter aleijado uma menina para sempre, depois que ele deu um mosh na plateia. De acordo com um relato do site australiano News.com.au, o repórter e testemunha ocular Borm Jens disse que o salto foi totalmente inesperado: “ninguém esperas (o mosh), então todos abriram espaço, em vez de pegá-lo. Aparentemente, uma menina não conseguiu fugir e foi gravemente ferida nas costas.”
A ironia é que a fã foi para o hospital com uma perna machucada e quatro vértebras quebradas, mas passa bem.
Logo depois do salto, houve uma discussão com a banda, o clima esquentou e, ao final, o salto do alto de um poste de 18 metros de altura.
Ainda continuo sem entende.