A MORTE DE HARVEY PEKAR

Não há quadrinhista tão rock’n’roll ou punk ou alternativo como Harvey Pekar (ok, eu não sou profundo conhecedor de quadrinhos pra fazer uma afirmação dessas, mas devo ter chegado bem perto).

O estadunidense quadrinhista, nascido em Cleveland, em 1939, é tido como genial por causa da série “American Splendor”. Ele tinha 70 anos e foi encontrado por sua esposa, Joyce Brabner, nessa madrugada do dia 11 para o dia 12 de julho.

Pekar teve sua vida muito bem retratada no ótimo filme “Anti-Herói Americano” (“American Splendor”, EUA, 2003, de Shari Springer Bergman e Robert Pulcini), interpretado pelo também sensacional Paul Giamatti (Joyce é interpretada por Hope Davis). Impossível não gostar desse personagem rabugento, amargo, irônico e autêntico que fez uma série de aparições no programa do David Letterman que entrou pra história (veja abaixo, em inglês):

Numa de suas histórias, Pekar revelou que tinha câncer e passou um ano falando no assunto. Não se sabe se foi essa a causa de sua morte.

Sabe-se que o mundo não será o mesmo sem ele, porque sinceramente, nãoé preciso gostar de quadrinhos para admirar alguém que coloca o dedo na ferida.

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