Lá nos idos de 1986, eu começava a (de fato) gostar de música “bizarra”. Entre as primeiras bandas de “música bizarra” (termo de um monte de gente, incluindo minha mãe), estava os sorocabanos do Vzyadoq Moe.
Tempo em que era divertido ir às grandes galerias do centro de São Paulo, Baratos Afins e Wop Bop principalmente. Nessa época, surgiram bandas prontas pra essas lojas/selos alternativos lançarem. A Wop Bop lançou “O Ápice”, em 1989, do Vzyadoq Moe.
A banda é um quinteto, pra quem não sabe, formado por guris na faixa dos 18, 19 anos: Fausto (vocalista), Marcelo (guitarrista), Jacksan (guitarrista), Edgar (baixo) e Marcos (hã… baterista). Hoje, todos têm quarenta e poucos anos. E vão fazer um show (pelo menos um) essa semana, dia 18 de setembro, em Sorocaba, no UsinaFestival 2010.
É de aplaudir, ao menos para conhecer uma banda importantíssima e ousada do pop brasileiro. Pop, claro, é modo de dizer, afinal o Vzyadow Moe é expressionismo, dadaísmo, urbanismo, experimentalismo, industrial e tudo o mais nessa linha. Não é, enfim, uma música fácil, incluindo aí os clássicos “O Último Desígnio” (“essa noite ela vem/essa noite ela veeeem”) e “A Monomania”, ambos do primeiro disco.
Bom, foram apenas dois discos. Depois do de 1989, “Hard Macumba” foi lançado em 1999, sem o menor alvoroço.
Quem puder assistir esse show, vale, é recomendadíssimo. Eu espero que os produtores desses inferninhos de Beagá, do Rio e de São Paulo se cocem e tentam marcar mais algumas datas também.
Veja o vídeo-teaser do show:
Veja o vídeo de “Junto Ao Céu”, música que abre “O Ápice”:
Eu chamaria esse de “um programa imperdível”.