Tudo começou no início da década de 1980, quando a baixista Sandra Coutinho se juntou à vocalista Rosália Munhoz, à guitarrista Ana Maria Machado e ao baterista Edgard Scandurra, o próprio, que ficou na banda até 1986 (tocava também no Ira!, Smack, Ultraje a Rigor…).
O primeiro disco, “Adeus Às Armas?”, de 1986, já tinha Lou na bateria e foi lançado pela pequena Baratos Afins e depois distribuído pela gigante WEA (da Warner). Músicas como “Me Perco Nesse Tempo”, “Polícia” (bem mais soco-no-estômago que a homônima dos Titãs, lançada no mesmo ano) e “Santa Igreja” eram bem conhecidas do público mais “alternativo”, tocando em rádios mais antenadas.
A banda lançaria só mais um disco, “Trashland”, em 1988.
Antes disso tudo, como de praxe, havia uma demo – no caso, essa. É esse material, gravado de forma amadora em 1983, é que está sendo relançado numa caixa chamada “Demo 1983-7″”, pela Nada Nada Discos e Dama da Noite Discos. São oito músicas dessa época, algumas que apareceram também nos discos oficiais. A crueza e força punk estão explícitas nas faixas.
É um objeto saudosista, por certo, mas não só. Acaba captando a essência da banda e da época do subterrâneo paulistano. É um registro histórico.
A caixa vem cheia de mimos. Ela é limitada a cem cópias e vem com um compacto em vinil transparente, réplica de demo em cassete, dois posteres em silk screen e um botton quadrado. A peça é vendida desde o dia 27 de junho de 2015 exclusivamente na The Records, loja que fica na Galeria Nova Barão, no centro de São Paulo.
Além disso, você pode ouvir na íntegra aqui:
Hoje, a Mercenárias é um trio, formado por Sandra Coutinho, Michelle Abu e Silvia Tape, e a intenção é lançar material novo.
1. Mercenárias
2. Trashland
3. Meus Pais
4. Polícia
5. Honra
6. Dá Dó
7. Vietnã
8. Ó
