Dois anos depois de lançar “Look Down” e “Emeraldheart”, o Astrocrushing, de Low Rhahn, oferece “Turtlehead”, seu sexto disco cheio. O músico de Campina Grande, Paraíba (leia mais sobre ele aqui) compõe, executa, produz, grava, edita, mixa e masteriza toda a obra, num trabalho bastante pessoal.
Aqui, nas oito canções apresentadas, com destaque pra trinca de abertura “Turtlehead”, uma viagem espacial e mental; e “Catdog” e “Downonme”, com um baixo marcante e uma aura a la Loop-barra-Spacemen 3 (fase “Recurring”), Rhahn pisa na acelerador de partículas da mente, distribuindo elétrons sonoros por todo o cérebro.
“Satelite” e “Onix” são mais experimentais e “Comeontolove” vira sessentista, como um Pink Floyd mais paranoico e, errr, um tanto “dançante”.
“Turtlehead” é uma viagem intrigante pelas probabilidades da impressão sonora na mente. Curto e preciso, pede várias audições, todas solitárias, num caminho de autoconhecimento.
Turtlehead é o nome inglês pra chelone, um gênero da botânica. Chelone ganhou esse nome graças à ninfa na mitologia grega que escolheu não participar do casamento de Zeus e Hera. Ela foi banida e sua casa foi transformada em uma tartaruga, que ela precisou carregar em suas costas pro resto da vida. Em grego, e tornou a palavra pra “tartaruga”. O aspecto das chelones lembram exatamente a cabeça das tartarugas.
1. Turtlehead
2. Catdog
3. Downonme
4. Satelite
5. Onix
6. Comeontolove
7. Tortoise
8. Turtlehead II