BEACH HOUSE

Há alguns dias, falei sobre a “surf music” eletrônica do BEACH HOUSE.  Calma, foi só para instigar mesmo. De surf music não há nada, ou muito pouco. A dupla americana, de Baltimore, formada em 2005 por Alex Scally (guitarras, baixo e tecladeira) e Victoria Legrand (vocais e teclados) cria climas meio, digamos, Twin Peaks. Laura Palmer deve adorar caminhar no frio ouvindo Beach House.

Tudo começou a engrenar quando um MP3 de “Apple Orchard” foi parar no Pitchfork, em agosto de 2006. Em outubro, o disco já estava nas lojas (lançado pela Carpark Records). “Beach House” é o primeiro e fica bem perto do que o Goldfrapp fez com “Felt Mountain”, mas sem uma “Utopia” para indicar caminhos dançantes no futuro. Apontam mesmo é para algo como Mazzy Star (hmmmm…). A certeza é que o vocal é Nico total (ouça “Childhood”, uma música quase… infantil). Uma boa amostra do que o Beach House faz com os efeitos de estúdio e de como o inverno inspira a dupla está em “Master of None”, a quarta faixa do disco, e em “Lovelier Girl”, a sétima. Pode crer, isso é surf music, por causa da guitarra e seus slides; é eletrônica por causa do clima; é gótico; é suave; é tranqüilão.

As críticas do disco sempre dizem que há muita depressão nessas músicas. Talvez. Acho que há mais é narcóticos. O fato é que o Beach House é para luaus (com narcóticos ou sem), é para ouvir sozinho em casa, no trânsito, ou só mesmo para relaxar. Tenho certeza que tudo o que eu escrevi aqui sobre a dupla não chega a um por cento do que é possível descobrir na música deles. Só ouvindo mesmo. E com o tempo.

Como nenhum cérebro vai lançar no Brasil, mesmo, saca aí no seu programa de download o discaço:

1. Saltwater
2. Tokyo Witch
3. Apple Orchard
4. Master Of None
5. Auburn And Ivory
6. Childhood
7. Lovelier Girl
8. House On The Hill
9. Heart And Lungs

beachhouse-beachhouse

Ouça “Apple Orchard”:

Ah! Antes que eu me esqueça, uma informação que não quer dizer nada: Victoria é sobrinha do compositor francês Michel Legrand.

Beleza?

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