Esse é um trio de Southampton, Inglaterra, que não se importa muito em parecer derivativo, até porque suas influências o ensinaram que o que importa é aumentar o volume das guitarras, ligar os pedais e ensurdecer a plateia.
O BURNING HOUSE faz isso com bastante propriedade, emulando um rol gigantesco de bandas, de My Bloody Valentine e Jesu, a Yo La Tengo e Cocteau Twins, passando por um amor declarado pelo cineasta russo Andrei Tarkovsky.
“Os arpejos glaciais, o feedback gutural, que deve muito ao cinema de Andrei Tarkovsky, assim como aos toques do Red House Painters e My Bloody Valentine. A música realmente leva você a uma montanha-russa de emoções que se desenvolve uma certa tristeza, euforia, mas também humor negro”, diz a banda, que é formada por Aaron (vocais e guitarra), Harry (bateria) e Patrick (baixo).
O primeiro EP, autointitulado, surge dois anos após a formação do grupo: foi lançado oficialmente em 15 de abril de 2013, via Bandcamp. São apenas cinco músicas. As três primeiras com a muralha característica de ruídos e as duas últimas mais lentinhas, justamente as menos inspiradas.
“Mimosa”, a canção de abertura, tem guitarras que parecem uma corrida em paralelo do My Bloody Valentine com o Smashing Pumpkins, e funciona muito bem. É um bom cartão de visitas.
Você pode ouvir aqui na íntegra:
1. Mimosa
2. Languor
3. Mirror Song
4. Love’s Casket
5. 13 Moons