Maurício Catellani é de São Paulo, capital. Depois de passar por algumas bandas sem grandes pretensões, só por diversão, resolveu interiorizar suas reflexões e daí extrair uma série de composições que moldaram esse projeto-banda chamado CONTAINERS, que publica seu primeiro disco nesse dia 16 de setembro de 2014, “Free Of Me”.
“Já fiz de tudo. De Trash Metal a canções voz e violão. Já tivemos uma banda, o Speedy Turtles, que era pura experimentação. Tomávamos todas e fazíamos barulho, por horas e horas. Mas, já foi. Tô velho. Fiz o disco que achei coerente pro meu momento. Hoje sou um cara muito mais das melodias, dos climas, das texturas”, diz Maurício, que levou dois e meio anos pra completar a obra.
“Mas teve muito tempo ocioso nesse período. Eu gravei todo o instrumental em um ano. Depois fiquei um ano só atrás da Ângela (vocalista) pra ela gravar os vocais, porque ela nunca podia. E depois mais seis meses de remixagem e masterização”, revela.
“Free Of Me” é quase todo Maurício Catellani. Todas as músicas foram compostas e todos os instrumentos foram executados por ele (exceto o baixo em “Last Burial”, por Gilson Insone; e as letras de “Last Burial” e “Track Of Time”, de autoria dele e da vocalista Ângela Ferreira, a de “Sepia-Blue”, de Zuleika Testone, e “Gather”, de Leandro Orsolini).
Os vocais de Ângela Ferreira conferem ao dream pop do Containers ora algo Cocteau Twins (“Over”), ora algo Porcelain Raft (“The Gap” e “Here”). Mas a banda tem apreços pelo Phantogram (“Last Burial”) também, o que dá uma boa linha da atualidade com que o Containers se aninha. Mesmo assim, com essas referências, há momentos extremamente pop, como a baladinha “Fading Away” (alguma comédia romântica se interessa?).
Dois bons destaques são “You Should Know”, com seus barulhinhos; os climas de “Here”, e a melhor do disco, “Gather”.
O título do disco refere-se ao tempo em que ele foi gestado, do tipo “tô livre”, da mesma forma que faz o artista se livrar dos seus demônios internos. É, pois, um disco bem pessoal.
A produção é de Maurício Catellani com Cadu Tenório. A masterização é de Emygdio Costa e Cadu Tenório. A mixagem é assinada pelos três. A capa é de Elisa Cardoso (arte) e Daniel Spalato (foto).
Todos os instrumentos e programações foram gravados na casa do autor e os vocais nos estúdios Casa Da Vó e Sound-Up.
Ouça aqui na íntegra:
01. The Gap
02. The Worst You Can Be
03. Over
04. Fading Away
05. You Should Know
06. Here
07. Last Burial
08. Sepia-Blue
09. Track Of Time
10. Gather
Gostei. O jeito dela cantar faz parecer algo meio ‘The Gathering’. Vou acompanhar as próximas criações do Maurício 🙂
[…] dona desse vocal de sonho chama-se Ângela Ferreira, que segundo Catellani disse ao Floga-se foi ‘perseguida’ durante um ano para cantar sobre as bases – que ele tinha levado […]
Que belezinha de álbum, hein? Parabéns pro Catellani.
Tá no repeat aqui faz uns 3 dias. 😀