Se você ainda não baixou o primeiro disco do Cretina, “Babilônia Moderninha”, talvez não vá entender completamente o quão legal é essa sessão. Mas eu tento explicar.
O Cretina é um power trio legítimo, então suas músicas dão pouca folga ao ouvinte, é pancada atrás de porrada, sem tempo pra respirar. Mas aqui, Paulo Igor de Assis, vocalista e guitarrista, assumiu um ukelele pra mandar “Babilônia Moderninha”, a música, e um violão pra adocicar a divertida “Doçura”.
A diferença é grande e você não só vai conseguir respirar, como acabar percebendo a beleza das melodias que há por trás da energia toda. A faixa-título, por exemplo, foi “redescoberta” por mim, gerando aquela questão óbvia: como eu fui deixá-la passar desapercebida no disco?
Ajuda um bocado também o desprendimento de Igor. O cidadão é um boa-praça exemplar pra algumas mentes “artísticas” deste país. O cara erra, ri, se diverte, se reinventa momentaneamente e mostra sua música com evidente prazer – e possivelmente com um certo desconforto por ser o centro das atenções, normalmente divididas com sua Letícia (baixo) e Erick (bateria) nos palcos da vida.
A sessão foi gravada no mesmo dia dessa, com o Lê Almeida. O calor abafado e úmido estampou seus reflexos no suor de quem estava dentro da Locomotiva Discos fechada. Mas, ao mesmo tempo, deixou o clima mais intimista.
A música do Cretina é quente, de qualquer forma que for apresentada, acústica ou na pancada. Por isso, essa sessão foi tão bacana: expõe a versatilidade de uma banda com muitas virtudes. Ouça e descubra.
“Babilônia Moderninha”
“Doçura”
A sessão “Na Locomotiva Discos” é uma parceria do Floga-se e @indiedadepre com a Locomotiva Discos.
[…] Discos, tudo foi superlativo, com as ótimas demonstrações de versatilidade de Lê Almeida e da Cretina. Não dava pra dizer que era um dia “comum”, […]
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[…] Além do mais, se não estou enganado, o vídeo usa uma pequena tomada dessa sessão que fiz com a banda na Locomotiva Discos. […]