Pra quem não conhece, a DREAMWEAPON é uma das bandas da linha de frente de uma cena psicodélica que tomou os subterrâneos de Portugal a partir de 2010. São muitos os artistas que valem a pena ficar de olho, como The Japanese Girl, Flama, Basset Hounds, Keep Razors Sharp, Black Bombaim, Jibóia, 10000 Russos, Medeiros/Lucas, Ghost Hunt (que entrevistamos aqui) e coloca etecetera nessa lista.
A dreamweapon (assim, tudo em minúsculas) é um quarteto formado em 2009 e hoje conta com André Couto (baixo e vocal), Edgar Moreira (guitarra e vocal), João Campos Costa (guitarra) e Luís Barros (bateria). A cidade natal é Porto, a segunda mais importante de Portugal.
“Dreamweapon” é o primeiro disco cheio do grupo (um EP homônimo foi lançado em 2013). Chega dia 13 de abril de 2015, via Lovers & Lollypops (atenção a esse selo), em edição de vinil limitada a quinhentas cópias.
O disco foi gravado na primeira metade de 2014, nos estúdios AMPstudio e HertzControl Studio, com produção de Paulo Miranda, chamado de “o guru da música alternativa portuguesa”, e Marco Lima. A mixagem é do quarteto e de Pedro Pestana, que participa em “Stir”. A masterização é de Miguel Pinheiro Marques.
São seis peças psicodélicas, viajantes, sessentistas/setentistas, ácidas, daquelas pra tirar a mente da regularidade e mergulhar num universo paralelo. “Spirit Rain”, a faixa que encerra o disco, porém, vai além, mostrando guitarras não só envolventes e hipnotizantes, como cortantes, altas e barulhentas.
A dreamweapon tirou seu nome do famoso disco ao vivo do Spacemen 3, “Dreamweapon: An Evening Of Contemporary Sitar Musicde”, de 1995, e por aí já tá pra ter uma ideia do que encontrar. “Feather” é o melhor exemplo dessa proximidade com a banda de Peter Kember e Jason Pierce.
Um primor de disco, pra ficar escutando em looping.
Ouça na íntegra:
1. The Heart Is Alive
2. Feather
3. Transient States
4. Stir
5. Spirit Rain
6. Eyes
Aqui, o vídeo oficial de “The Heart Is Alive”:
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