DREAMWEAPON – SOL

Quatro impressionantes canções. Quatro. E o dreamweapon, de Portugal, já pode se orgulhar de ter produzido um dos discos mais impactantes do ano: “SOL” chega ao mercado dia 16 de fevereiro de 2018, via o selo mais arrepiante da atualidade, o Fuzz Club Records, sucedendo o disco de estreia homônimo de 2015 (leia e ouça aqui).

Reduzido a um trio, o dreamweapon aglutinou todas as ideias em canções ainda mais circulares, psicóticas e alucinógenas do que as apresentadas no primeiro álbum. As três primeiras passam de dez minutos e são assombrosos e macabros krautrocks sem diluições, arrancados do fundo das obsessões de Andre Couto (não à toa, baixista da também preferida aqui da casa, a 10.000 Russos), João Campos Costa e Edgar Moreira.

Lembra Can, lembra Neu!, lembra Guru Guru, mas com bem menos elementos, com a guitarra e o baixo protagonizando o massacre ora com leveza e delicadeza, ora com a devassidão da entrega aos delírios.

“SOL”, de acordo com o enunciado por André Couto no comunicado à imprensa, “marca o começo do nosso ‘ciclo’ solar. O próximo disco, que já está em produção, será muito mais sombrio, uma fase lunar”.

A beleza de “SOL” está no clichê absoluto de que a cada audição o ouvinte descobre novos prazeres sonoros – e interpretações. Se pode “ensolarar” a cada audição não importa. “SOL” é o resultado de uma banda extremamente afiada, expondo seus improvisos aos possíveis equívocos (o disco foi gravado numa tomada só e todo no improviso a partir de batidas de bateria eletrônica), dissecando os sentimentos ao vivo.

O primeiro single – se é que se pode chamar assim – é “Monte Da Virgem”, com esse vídeo-doideira feito com imagens espaciais do Hubble:

Ouça na íntegra:

1. Mashinne
2. Blauekirshe
3. Qram
4. Monte Da Virgem

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