Estou pra escrever sobre esse disco desde o inicio da coluna.
Foi o primeiro disco que ouvi esse ano. É um experimento drone intenso. Pra mim, Tim Hecker e Fennesz são os mestres nesse tipo de som, sou fã de ambos.
Fiquei emocionado ouvindo esse álbum pela primeira vez. Virou instantaneamente meu disco preferido do cara (N.E.: contando todas as gravadoras de que fez parte é o nono disco, fora os EPs etc). Foi gravado num único dia, numa igreja em Reykjavik, na Islândia (a Fríkirkjan í Reykjavík, ou Igreja Livre de Reykjjavík, construída em 1901, em estilo gótico).
Na gravação, foi usado apenas um orgão de tubos, provavelmente da própria igreja. Com esse material bruto, Hecker construiu essa magnífica obra com intervenções de estúdio, acrescentando synths etc. A mim, me soa como arte contemporânea de fato: um trabalho milimétrico de artesanato baseado em desconstrução, sem perder as lindas melodias.
Desde o início do ano e até esse mês de setembro, ainda continuo pensando: melhor trabalho de Tim Hecker, disco do ano. E agora em outubro ele nos presenteia com mais um álbum, “Dropped Pianos”. Esperemos mais uma obra-prima.
Ouça a trilogia “In the Fog”, I, II e III, que está no miolo do disco:
Ou mesmo “No Drums” e ouse me dizer que sua barriga não esfriou:
Ouça também “Analog Paralysis, 1978”:
Para os que tiverem gostado, outros dois trabalhos do artista que recomendo são “Radio Amor”, lançado em 2003, e a colaboração com Aidan Baker, em “Fantasma Parastasie”, de 2008.
01. The Piano Drop (2’54”)
02. In the Fog I (4’52”)
03. In the Fog II (6’01”)
04. In the Fog III (5’01”)
05. No Drums (3’24”)
06. Hatred of Music I (6’11”)
07. Hatred of Music II (4’22”)
08. Analog Paralysis, 1978 (3’52”)
09. Studio Suicide, 1980 (3’25”)
10. In the Air I (4’12”)
11. In the Air II (4’08”)
12. In the Air III (4’02”)
Data da lançamento (EUA): 14 de fevereiro de 2011
Gravadora: Kranky
Produtor: Tim Hecker
Tempo total (do CD): 52 minutos e 24 segundos (lançado também em LP duplo)
[…] acabou de falar sobre a viagem que Tim Hecker proporcionou no disco imediatamente anterior, “Ravedeath, 1972″, também de 2011, […]
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