ENTREVISTA: FÁBRICA – MAIS DENSO E MAIS HUMANO

“Grão” é o segundo disco do Fábrica, grupo que tem como epicentro Emygdio Costa, bem conhecido aqui do Floga-se por conta do Sobre A Máquina. O disco lançado em novembro de 2013 sucedeu o homônimo de estreia, bastante elogiado pela crítica mais atenta – o que não inclui este site aqui, já que deixamos passar em branco.

Não foi por falta de aviso. Fábrica, o grupo, chegou ao segundo disco melhor, mas ousado, se afastando um tanto daquela MPB que parecia fofinha demais na estreia e que não orbitava no centro das atenções editoriais do Floga-se. Mas “Grão” surgiu e mudou as coisas. É um disco com os pés na música popular brasileira, sim – não na “superpopular”, aquela que vende horrores e está em tudo quanto é especial da Rede Globo – mas, preservando seu DNA, adicionou ruídos e distorções que dão um charme diferencial que poucos correlatos sequer pensariam em tentar.

Na obra há peças deliciosamente pop, como “Mais Um” (viciante), singelas, como “Verão”, e provocativas musicalmente, como “Córrego”. É música pra tocar em rádio, fácil, em novela da Globo, por que não?

E é bom aproveitar. Um disco como “Grão” não surge todo dia e não irá se repetir. Ele é fruto de uma certa dor individual que os artistas conseguem traduzir vez por outra em arte. Emygdio Costa conta, nessa entrevistona exclusiva, conta como o disco surgiu, como ele foi inspirado: “consegui me expor de uma forma que chegou a me assustar inicialmente; fiz uma imersão profunda e me deparei com muitas coisas que julgava extintas; queria que o ouvinte mergulhasse na minha cabeça e sentisse minhas aflições e devaneios; que me conhecesse; e eu sou um misto disso tudo, da calmaria a explosão”.

Ele ainda fala sobre crítica, mercado, shows e o futuro. “‘Grão’ é uma “representação do quão diminuto eu me enxergava perante a situação que vivia”, diz Costa, usando verbos no passado. O futuro é outra história. Se tudo der certo, bem melhor, e pra muito mais gente ouvir.

(leia também a entrevista ao Na Mira do Groove)

Floga-se: Ouvi e reouvi “Grão” com frequência desde o seu lançamento, mas não tive o mesmo desejo no disco anterior, embora, de bate-pronto, aos ouvidos menos atentos, seja possível dizer que a essência do som não mudou… O que você aponta de mudança de uma obra pra outra?

Emygdio Costa: Esse disco foi fruto de várias incertezas que povoaram minha cabeça ao longo do último ano. Foi uma fase de muita instabilidade que acabou refletindo na minha música; acho que a grande mudança foi mesmo pessoal e todo o resto acabou sendo influenciado pelos altos e baixos que passei. Talvez o novo disco seja mais denso e por consequência mais humano.

F-se: Instabilidade na vida pessoal? Porque aparentemente o lado profissional (na área musical) lhe deu um 2013 bem cheio de trabalho, produzindo trabalhos alheios, principalmente… Houve um amadurecimento como músico e compositor também nesse trabalho com outros artistas?

EC: Acho curiosa a visão que as pessoas de fora do meio musical têm dos profissionais dessa área. Lembro quando a Fionna Apple cancelou algumas apresentações agendadas aqui no Brasil devido a um problema pessoal – um animal de estimação dela estava à beira da morte – e teve muita gente revoltada taxando sua atitude como desrespeitosa pra com o público. Porém o artista também possui uma vida fora da área musical, que em geral acaba regendo sua música, não o contrário. Eu mesmo cancelei, recusei, todas as propostas de show com a Fábrica – meu projeto mais pessoal – logo após a primeira apresentação. Acontece, todos somos humanos, temos problemas e passamos por dificuldades. Em 2013, me agarrei a tudo que me curasse, mesmo que brevemente. E a música sempre teve esse papel na minha vida e foi nela que fui buscar refúgio – em trabalhos alheios e no processo de criação de “Grão”. O amadurecimento proveniente da interação com outros artistas é uma constante desde o primeiro disco do Sobre A Máquina, que foi uma experiência que me proporcionou muita coisa, principalmente uma abertura na visão musical que acredito ser essencial pra se trabalhar em grupo ou acompanhado. Tocar e compor com o foco no outro, isso muda tudo! Entretanto, a criação do último álbum deu-se de outra forma: fiz basicamente tudo sozinho e posteriormente convidei músicos que admiro para interferir no resultado da obra. O que se mostrou uma decisão mais do que acertada, o disco não seria o mesmo sem a parceria com Sávio de Queiroz na produção – que inicialmente fora convidado pra gravar apenas um piano na faixa-título e acabou sendo uma peça fundamental pra montar o quebra-cabeça sonoro que era o disco.

F-se: É interessante a forma como sublinhou essa questão pessoal, porque é o que faz cada disco único, no sentido de que são regidos por emoções daquele período da vida do criador… Mas as experiências profissionais não podem ser dissociadas e, nesse ponto, “Grão” parece mais “diverso”, ou essa é uma impressão equivocada minha?

EC: Tem toda razão. Nesse disco, consegui me expor de uma forma que chegou a me assustar inicialmente; essa diversidade é fruto disso, fiz uma imersão profunda e me deparei com muitas coisas que julgava extintas. Apesar de ser ateu hoje em dia, passei toda minha infância e adolescência fortemente ligado a preceitos religiosos e entre as composições brotou uma que fala justamente de Deus, foi uma experiência reveladora. Temos diversas facetas, muitas das minhas estão expostas no disco.

F-se: Quanto tempo durou entre a ideia “vou fazer um novo disco do Fábrica”, o inicio das composições e o lançamento efetivo?

EC: O processo levou mais tempo do que o imaginado – devido as diversas participações e todos os problemas que envolvem uma produção independente e sem dinheiro. O início das composições se deu em meados de dezembro de 2012 e lançamento, no dia 5 de novembro de 2013

F-se: Como se deram essas participações?

EC: Me sentia um tanto recluso com minha música. Apesar de eu circular pelo meio, não existia uma interação maior nessa parte musical. Percebi que era hora de mudar as coisas, queria que as músicas dialogassem com as pessoas apesar do conteúdo tão pessoal. Logo, me pareceu óbvio convidar outras pessoas além dos meus parceiros habituais. Convidei os artistas depois de ouvir um sem número de vezes cada faixa e imaginar onde cada um ficaria mais confortável pra criar, de acordo com a necessidade de cada arranjo. Nessas, tive sorte de esbarrar com gente muito talentosa, como o paranaense Lucas Hirata (Fraturas) que gravou os cellos em “Ferrugem”. Conheci o trabalho dele por acaso na internet e entrei em contato logo enviando a demo da música – que inicialmente estava no formato voz e violão – ao que fui respondido prontamente com um arranjo completo em um par de dias. Também tive ajuda de vários amigos como Gabriel Feitosa, que gravou as baterias no single do primeiro disco; e nesse foi peça fundamental pra criar os ritmos quebrados que imaginei pras novas músicas. O Momo ter aceitado dividir os vocais comigo em “Infante” também foi algo que me encheu de alegria.

F-se: O disco ainda tem participações, na maioria das faixas, de Cadu Tenório, Sávio de Queiroz, do Ricardo Gameiro, do russo Alex Zhemchuzhnikov… Como foi pro Fábrica, com um DNA bem mais MPB, se encorpar com essa junção claramente mais “torta” e do qual, claro, com o Sobre A Máquina, você também faz parte?

EC: Eu precisava expurgar toda a confusão que estava na minha cabeça, os arranjos já estavam naturalmente mais difusos devido a isso; a inclusão dos membros do Sobre A Máquina foi uma evolução natural pra alcançar o objetivo de transpor o caos psicológico pra uma linguagem sonora. Todas as intervenções ruidosas presentes no disco são transcrições nota por nota dos arroubos mentais que tive nessa fase da vida; e eles foram incríveis em captar esses sentimentos complexos.

F-se: É curioso notar que “Mais Um”, uma música bem pop e assobiável, emocionante, tenha aqueles ruídos por trás; bem como “Infante” e o sax… Tirando a melodia-base, vira um experimento, tirando o experimento, a música talvez ficasse “pálida”… Esse casamento meio “fio da navalha” te preocupou em algum momento?

EC: Sequer me passou pela cabeça. Na verdade, não me preocupei muito em rotular ou criar barreiras através de definições tipo “aqui acaba o experimento e aqui começa a parte tradicional”; pra mim tudo é uma unidade, não existe essa desassociação. Sem os ruídos, “Mais Um” não seria possível, da mesma forma que perderia o sentido se retirasse a melodia. Queria que o ouvinte mergulhasse na minha cabeça e sentisse minhas aflições e devaneios; que me conhecesse; e eu sou um misto disso tudo, da calmaria a explosão.

F-se: Você se preocupa como as pessoas rotulam sua música?

EC: A partir do momento em que se encerra uma obra ela deixa de ser sua e passa a pertencer o ouvinte. Fico sempre muito interessado em saber como minha música chega nas pessoas, mesmo que interpretem da maneira mais absurda possível (ri). Tem uma técnica no cinema usada pra destacar alguém numa aglomeração de pessoas que é colocar todas as outras numa posição onde o rosto não fique de frente, pois nosso cérebro tende sempre a procurar feições humanas; ou seja, costumamos buscar algo que nos é familiar; logo rotular é algo natural. Acho que o problema reside no artista rotular sua música na gênese da composição, o que acaba engessando o todo.

F-se: Mas tem artista que se incomoda com certos apontamentos à sua música…

EC: Até incomoda dependendo do que seja, porém estou mais preocupado em criar do que em analisar análises (risos).

F-se: As críticas ao disco foram geralmente positivas, certo? Chegou a ler alguma que não tenha sido? Você acompanha tudo o que falam sobre o Fábrica?

EC: Sim, o disco foi bem acolhido pela crítica em geral, apareceu em diversas listas e teve resenhas positivas em vários blogues. O que é serpreendente pra um trabalho feito sem dinheiro, sem divulgação e sem puxar o saco de ninguém. Não vi nenhuma resenha negativa até agora, mas até gostaria bastante de ler uma (risos). Costumo acompanhar as opniões e comentários, sim, acho um feedback interessante.

F-se: Mas você acha que essa homogeneidade das opiniões está relacionada só à percepção de qualidade do trabalho ou porque a imprensa dita alternativa se priva de críticas, calcada no bom mocismo? Que autocrítica você faria ao “Grão”?

EC: Sei que muitos críticos usam uma mão menos pesada na hora de resenhar alguns artistas, mas particularmente nunca senti isso com meu trabalho; o primeiro disco inclusive recebeu algumas críticas negativas. Sobre o “Grão” acho que eu poderia cantar e tocar melhor, mas um dia chego lá (risos)!

F-se: Você é muito crítico consigo mesmo? Tem medo de errar ou que te interpretem de forma equivocada?

EC: O medo é um sentimento bastante presente no disco; medo de falhar; medo de não conseguir seguir adiante. Acho que meu maior inimigo às vezes sou eu mesmo, acho que não existe pressão maior do que a auto-imposta.

F-se: Suas letras são bastante sucintas e poéticas. E você já disse que são bastante pessoais. Tem alguma formalidade poética que você se inspire, algum escritor em particular?

EC: Pra esse disco eu mudei radicalmente minha forma de escrever; acontece que sou muito mais melodista do que letrista, logo tentei buscar alguma forma de ir além nas minhas deficiências com as letras. Acabei encontrando uma forma que me deixou extremamente confortável pra me abrir sem reservas; deixando o inconsciente falar ao invés de buscar algo específico. Todas as letras – exceto “Verão”, que foi feita a partir de um poeta escrito pela minha noiva, Renata Arruda – foram criadas sem um foco determinado, iam tomando forma e se regendo a medida em que eram escritas. Nem posso ter a pretensão de buscar inspiração em alguém estabelecido, foi algo bem pessoal mesmo.

F-se: A disposição das letras no encarte seguem um padrão visual de poesia, utilizando-se do concretismo algumas vezes. Qual foi a intenção?

EC: Me inspirei no concretismo sim, é um estética que admiro bastante. Porém, não a domino, de forma alguma. Aproveitei o gacho pra entortar, causar algum desconforto ou mesmo despertar alguma dúvida em quem ler o encarte. São representasões gráficas feitas de forma intuitiva, baseada na minhas sensações ao ler meus próprios escritos.

F-se: Vamos falar de título e capa… O que é “Grão” e sua simbologia visual? Por que esse título e como chegou a essa capa?

EC: O título do disco é uma representação do quão diminuto eu me enxergava perante a situação que vivia. Quanto à capa do disco, sempre me inspiro em capas de jazz sessentistas que costumo ouvir; a do primeiro foi inspirada numa do Max Roach; já neste segundo busquei Ornette Coleman. Minha ideia é que fosse algo abstrato, pra dialogar com o disco. Essa parte ficou a cargo do artista plático Diego Zimermann, que acabou dando o seu toque pessoal à idéia e trouxe um conceito circular que também está presente no disco. Particularmente me agrada muito a crueza da pinceladas, me lembra Van Gogh (risos). Tem outras versões para a capa, porém esta foi a que mais me agradou.

F-se: Comparando com o momento em que você começou o disco e o lançamento, sua vida deu uma guinada pra cima, certo? A vida lhe parece mais amiga agora? E se for, como seria a continuação ou o sucessor de “Grão”, mais expansivo, mais pop?

EC: Ah, sim. Estou num outro momento hoje. Já trabalho em alguns esboços pra um próximo álbum, mas ainda é cedo pra qualquer tipo de definição; eu mesmo não sei onde a música vai acabar me levando. Também não sei se definiria como um disco pop, talvez minha visão do que é pop seja um pouco diferente. “Grão” é um disco ambíguo, talvez seja um disco melancólico de violão, rodeado por intervenções ruídosas mais agressivas – complicado analisar com frieza (risos).

F-se: Você pretende juntar uma banda pra apresentar essas músicas ao vivo?

EC: Sim, vamos começar a trabalhar nisso agora. Será instigante transportar pro universo dos palcos o conceito sonoro do álbum; por se tratar de um disco com muitas camadas de som sobrepostas, diversos coros etc. – dará um pouco de trabalho. Porém, são canções que permitem uma possibilidade infinita de arranjo, penso em também excursionar com formações alternativas, o que possibilita uma redução de custos pra viagens fora do estado. A banda completa contará com Cadú Tenório no sampler, tape loops e efeitos; Sávio de Queiroz, guitarra, piano, sintetizador e sampler; Lucas Alves, baixo; e Gabriel Feitosa, bateria.

F-se: Qual a dificuldade pra colocar o plano em prática?

EC: O fator financeiro é sempre uma questão problemática. Fábrica é um projeto 100% independente; o disco foi inteiramente gravado em casa, por nós mesmo. Não tivemos qualquer tipo de incentivo, edital ou crowdfunding; tudo feito na raça mesmo. Ensaios em estúdio são caros e pra deixar a banda afiada serão necessários vários. Esse ponto acho que é a interseção da minha geração – ninguém ganha dinheiro com sua música, o que dificulta bastante o investimento na mesma; é um ciclo vicioso. Temos que trabalhar em outras áreas paralelamente pra conseguir gerar sustento. O que resulta em desânimo diversas vezes, jornada dupla é sempre cansativa.

F-se: Mas tem banda que parte pra crowdfunding e edital… O que acha disso? Participaria de eventos como os do Fora do Eixo?

EC: Edital é quase sempre carta marcada, funciona muito na base da amizade, do coleguismo e da bajulação, e interpretar papéis não é a minha, o que dificulta essa questão. Já o crowdfunding é um ponto mais delicado – particularmente não me agrada -, acho estranha essa inversão do público pagar muitas vezes por um produto antes de ter conhecimento do que se trata; posso estar sendo tradicionalista e até cabeça dura, mas é algo que não me vejo fazendo. Sobre o Fora do Eixo, já participei de alguns eventos; a participação ou não depende do seu interesse; se o objetivo é fazer a banda rodar é uma boa plataforma, mas ninguém é bobo, nada é de graça na vida. Alguém estará ganhando com aquilo e não será você, é uma questão de escolha.

F-se: Mas você faria, só pra “circular”?

EC: Já fiz muito show de graça. Mas com a experiência você vai perdendo a ingenuidade em relação às coisas. Tem situação onde o contratante entra em contato e explica: “olha, também não temos grana, mas gostamos muito do seu trabalho e ficaríamos felizes em recebê-lo aqui na cidade…”; sendo uma negociação honesta, onde o que importa é a música, tem jogo; pagando as passagens e garantindo uma estadia honesta. O que não rola é quando o evento claramente dá lucro e o produtor quer tirar algum em cima dos músicos – algo que infelizmente acontece com frequência.

F-se: Você acredita que pode vir a ganhar dinheiro com o Fábrica, que cria, afinal, um tipo música bem mais acessível e – diria – até radiofônico, do que, por exemplo, o Sobre A Máquina? Daria pra viver basicamente disso? Por que é tão difícil?

EC: Engraçado que a maioria dos comentários apontaram para um outro caminho, classificando esse disco como “diferente” e afins. Realmente não vejo muito espaço na rádio para músicas assim – não consigo lembrar de nenhum nome que fuja minimamente dos padrões que de fato toque nas rádios. Ganhar dinheiro com trabalho autoral é muito complicado, vivenciando o meio temos uma visão mais realista do cenário; onde até os grandes novos nomes da cena alternativa ganham muito pouco e tem problemas pra circular. A dificuldade é oriunda de várias coisas, é uma teia que entrelaça desde o público até a classe artística e seus mecenas.

F-se: Quais coisas?

EC: Me refiro ao trabalho de música autoral como um todo, principalmente pra quem não quer seguir cegamente os preceitos da música comercial. Em “Grão”, até as faixas mais tradicionais como “Resposta” e “Verão” não possuem exatamente um refrão, por exemplo. O ouvinte é doutrinado a assimilar um formato de canção e tende a rejeitar o que não segue essa estrutura. Então, o problema está nas gravadoras que seguem um padrão já enterrado de formação de artistas e público; está no artista que trata sua música como um mero produto e impõe-se uma auto-censura no que diz respeito aos limites sonoros da sua música; no público que está cada vez mais inclinado somente a uma música escapista; nas panelinhas formadas pelos musicistas e pessoas do meio etc. É uma questão delicada e bastante complexa.

F-se: Qual a saída?

EC: Enquanto as partes não aceitarem ceder um pouco, uma solução não será possível; querem o seu a curto prazo, mesmo que isso prejudique o meio futuramente.

F-se: Como você acha que no futuro, digamos 20 anos a frente, as pessoas vão encarar “Grão”?

EC: Se o disco ainda for lembrado após tanto tempo significará que fizemos um bom trabalho. Agora, como ele será encarado não faço a menor idéia, espero que seja como o primeiro de uma série de grandes discos lançados pela Fábrica (risos).

Ouça o disco na íntegra, abaixo, e clique aqui pra baixar os dois discos de graça, com encarte e tudo o mais.

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