ENTREVISTA: RINGO DEATHSTARR – DIVERSÃO PURA

Prestes a tocar pela primeira vez no Brasil, o trio estadunidense (de Austin, Texas), está lançando também seu segundo disco, com a ajuda dos fãs, “Mauve”, além de ter excursionado com o Smashing Pumpkins. É muita coisa acontecendo pra (G)Alex(y) Gehring, Elliott Frazier e Daniel Coborn.

Mas, de acordo com Frazier, que atendeu a essa entrevista do Floga-se, eles só querem se divertir: “não vemos a hora de encontrar vocês; é hora da festa!”.

A banda toca no Brasil no final de agosto e começo de setembro de 2012, em quatro datas. Veja todas as informações aqui, inclusive sobre ingressos. É imperdível, não só por ser uma banda que tem potencial pra muito mais do que mostrou até agora (em outras palavras, uma banda que está no seu nascedouro, ainda bem longe da decadência), mas também porque tem no seu currículo um disco extraordinário, o “Colour Trip”, eleito o disco do ano de 2011, aqui no Floga-se.

Além de muito barulho, Frazier ainda promete diversão: pra ele e sua turma, em terras brasileiras, e pra quem conseguiu um dos disputados ingressos pra vê-los ao vivo.

Floga-se: Ringo Deathstarr está vindo pro Brasil pra alguns shows em agosto e setembro. Quais as expectativas?
Elliott Frazier: Achamos que vai ser demais! Sempre quis visitar a América do Sul, e estou bem agradecido por esta oportunidade. O que eu espero do Brasil? Espero ver constelações que nunca vi e que a descarga da privada siga no sentido horário (N.E.: por conta da “Força de Coriolis” não ser determinante nesse caso, Frazier irá se decepcionar)!

F-se: O que gostaria de ver e visitar aqui no Brasil?
EF: Claro que gostaríamos de visitar o Rio, mas estamos empolgados por todos os lugares por onde vamos passar, e pra onde nossos amigos vão nos levar. O triste é: quando você está numa banda, as viagens se resumem de show a show; então tomara que possamos passar um tempo vendo coisas legais (N.E.: Sim, a banda toca no Rio de Janeiro também).

F-se: O primeiro álbum, “Colour Trip”, não foi lançado no Brasil. E o Ringo Deathstarr já tem um disco novo pronto, que sequer foi lançado nos Esteites e na Europa. Você acha que isso trará uma distância entre banda e plateia, que talvez não conheça as músicas? Como serão esses shows, você vão tocar alto?
EF: Vamos tocar o mais alto possível, pra soar legal! Achamos que a audiência conhece nossas canções porque já tivemos um bocado de respostas bacanas dos fãs brasileiros.

F-se: Recentemente, a banda abriu shows pro Smashing Pumpkins, Como foi a experiência? Corgan é um cara legal?
EF: Aquela turnê foi demais! Tocamos em lugares sensacionais e Billy foi bem legal conosco.

F-se: No Brasil, é bem comum bandas novas levantarem dinheiro através de financiamento coletivo. Vocês fizeram isso com “Mauve”, o disco novo. Por que seguir por esse caminho?
EF: No mundo de hoje, onde pessoas baixam os discos de graça, é sensato ter fãs que financiem diretamente a banda, ao invés de depender de gravadores que estão torcendo pra te emprestar uma grana.

F-se: Pra você, qual a diferença principal entre “Colour Trip” e “Mauve”?
EF: “Mauve” tem mais empolgação, eu acho. As canções são mais divertidas de tocar. “Colour Trip” era mais uma criação de estúdio… Não é uma coisa ruim, mas era o que dava pra fazer na época.

F-se: Pra aqueles que não conhecem o Ringo Deathstarr, como você definiria sua música até aqui?
EF: Somos uma banda que toca música com a veia do My Blood Valentine, Sonic Youth, Hüsker Dü, Yo La Tengo. Não tocamos olhando pros nossos sapatos (N.E.: de “We don’t gaze at our shoes”, em alusão aos shoegazers). Odiamos músicas que são longas demais. Amamos nos divertir nos shows e amamos sair em turnê!

F-se: Uma crítica comum ao Ringo Deathstarr é que “a banda não é original e usa o truque de tocar alto pra chamar atenção”. É uma crítica comum às bandas shoegazers pós-My Bloody Valentine. O que você acha disso?
EF: Não acho nada. Estou me divertindo e, bem, estamos prestes a tocar no Brasil!

F-se: O que toca no seu iPod?
EF: Cocteau Twins.

F-se: Uma mensagem aos fãs brasileiros…
EF: Olá! Obrigado por nos apoiar de tão longe! Não vemos a hora de encontrar vocês. É hora de se divertir!

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