EYJAFJALLAJOEKULL E O COACHELLA

Quem conseguir falar o nome do maior inimigo da edição 2010 do enorme Festival Coachella ganha um doce. O festival (cujo line-up você viu aqui) começa hoje, no quente deserto da Califórnia, Esteites, com a certeza que algumas bandas não vão participar por causa do vulcão Eyjafjallajoekull.

Explica-se (embora eu nem ache que precise): o tal impronunciável vulcão fica na Islândia e, depois de mais de duzentos anos adormecido, resolveu dar o ar da graça essa semana, cuspindo sujeira, pó, partículas mil e gases tóxicos aos céus (e fazendo mais estrago ao meio ambiente do que um século de ação do homem – pense nisso).

O resultado foi a enorme, mega, ultra, super nuvem de fumaça e sujeira que agora cobre todo o norte da Europa, cancelando milhares de voos e, claro, afetando o mundo inteiro. Nessas horas, como nas crises financeiras e institucionais, percebe-se o quanto o mundo está interligado e é pequeno. Porque simplesmente não dá pra sair, nem pra chegar, da Inglaterra de avião (nem da Suécia, Noruega, Alemanha, Polônia, Finlândia, Dinamarca, França etc.).

Eis que o Bad Lieutenant, o Cribs, o Los Campesinos! e o Gary Numan, até agora, cancelaram suas participações no Coachella. Eles não vão chegar a tempo pros shows, talvez nem se o festival fosse semana que vem. E mais baixas poderão vir por aí. O efeito é em cascata: voos atrasados na Europa atrasam voos no mundo inteiro, inclusive na malha interna norte-americana e canadense.

Por enquanto, os cancelamentos são poucos – e dessa vez não é praga minha, por inveja, não. Tire minha culpa desse desastre. A culpa é toda do Eyjafjallajoekull.

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