A ideia é boa, sinceramente. Você compra um álbum ou música e metade do que você pagar é doado pra uma das instituições parceiras do fairsharemusic.com, o novo site de downloads de música, ainda na versão beta, mas já com oito milhões de arquivos disponíveis pra compra.
Entre Oasis, Iron Mainden, The Drums, Eminem, Chemical Brothers e MIA, há os hinos oficiais da Copa do Mundo 2010 e muitos lançamentos novos que cito aqui no Floga-se, além de pre-orders. É um site antenado, por assim dizer.
“Fazendo a coisa certa com grandes músicas”, “quanto mais você baixar, mais a gente doa” etc. são alguns dos slogans que o site usa pra vender a ideia, que, repito, é ótima. Melhor do que a grana ficar com as gravadoras sanguessugas ou com a Apple. Além do mais, quase sempre é mais barato que o iTunes, o que pode ser uma ótima maneira de ganhar clientes.
Por exemplo, no dia em que escrevo essas linhas, a coletânea “Time Flies…”, do Oasis, custa cinco libras (ou 7,50 dólares americanos) no fairsharemusic.com e 19,99 dólares no iTunes. Em quase todos os discos há uma diferença, embora há casos de ser mais caro, principalmente quando se trata de um sucesso retumbante, como a nova da totozinha Katy Perry, “California Gurls”, que custa no site-bonzinho 99 centavos de libra (ou 1,46 dólares americanos ) e 1,29 dólares no iTunes.
Mas o iTunes não doa nada pra ninguém, a não ser pros seus próprios acionistas… Sacou como o apelo do novo site é melhor. Você faz a conta e percebe que de qualquer maneira o novo site é melhor. Pelo moenos você ajudará alguém.
Quer dizer, é isso o que se espera. Se o site apresentar os balanços ao público, de quando em quando, será perfeito. Caso contrário, é um tiro no pé, mais uma enganação utilizando o apelativo marketing social.
O diretor comercial do site, Jonny Woolf, diz que metade dos 8% dos lucros irá diretamente pra caridade. A estimativa é que essa receita seja de 100 mil libras ao ano (o que nem é tanto assim, infelizmente…).
No pé da página, você pode ver as instituições parceiras da empreitadas. Um ou outra inclusive já atua no Brasil. Então, cartão de crédito pra funcionar: você tem um motivo a menos pra baixar música de graça na Internet. Ou não?
Acho a ideia ótima (repito pela segunda vez), mas acho que chegou tarde demais. A música está caminhando por outras trilhas – todas elas indicam que o ponto final é a gratuidade e que os artistas vão ganhar mesmo seus tostões é com shows. Mas só o tempo dirá… Só o tempo dirá!
Acesse: http://www.fairsharemusic.com/.