“Em 1999 nasceu uma banda com nome de carro, chamada Polara. Com um pouco de SP, um pouco do Rio, Porto Alegre e Osasco, o Polara nunca foi uma banda das mais comuns. (…) Os caras já tocavam há um tempão em outras bandas e estavam um pouco cansados dos sons que vinham levando. Resolveram tocar um projeto novo, com uma sonoridade diferente do que rolava em SP na época, e com a maioria das letras em português (o que era coisa rara no underground daqui, no fim dos anos 90). Com as idéias na cabeça e alguns trocados pro ensaio, Rafael (que ainda era guitarrista do Planet Hemp) Carlinhos (guitarrista e vocalista do Againe) e Sato (ex-baixista do Mickey Junkies e naquele tempo integrante do grupo Mamelo Sound System) começaram uma nova empreitada: o Polara” (texto tirado da página do grupo na Trama Virtual).
Renato Albuquerque sempre foi fã do Polara e agora seu Farmacopéia lança um split com o Treli Feli Repi, de Lê Almeida, cada um fazendo uma versão de uma música do grupo.
O Farmacopéia escolheu “Stardust”, originalmente lançada em “Ao Vivo”, de 1999; e num outro split, com o College, em 2001, chamado “Não Use O Termo”. O Treli Feli Repi escolheu “Collouetil”, faixa-título da primeira demo, gravada em 1999.
Na comparação, ambas as versões atropelam em qualidade e criatividade os originais. A sujeira que o Farmacopéia coloca na sua cover tira a canção do lugar-comum. Já o estilo inconfundível de Lê Almeida se aproxima bastante do original, mesmo assim, com mais peso das distorções e, contraditoriamente, leveza na execução vocal.
Se você é fã do Polara, deve aplaudir essas versões. Compare-as abaixo:
A produção é de Renato Albuquerque e Lê Almeida; a masterização, de Paulo Casaes; e a capa, de Carlos Dias.
Original de “Stardust”:
E original de “Collouetil”: