Esse show foi uma iniciativa do Programa Loaded, no seu “Sala Especial Loaded” (que vai ao ar, na íntegra, dia 10 de abril). Foi o último programa na Saraiva Megastore do Shopping Center Norte, em São Paulo. As apresentações agora terão outro endereço. Mas, sinceramente, não foi isso de fato que tornou a noite especial: foi mesmo o FireFriend.
O quinteto paulistano-candango (que se apresentou como quarteto, Cacá Amaral não estava presente) levou um pouco de microfonia e barulheira para o público virgem desse tipo de som, presente no belíssimo auditório da Saraiva. Foram nove canções, oito delas do mais recente e impressionante disco, “999 To 666 ts Street” (que você pode e deve baixar de graça aqui).
Yury Hermuche (guitarra, vocais), Julia Grassetti (baixo, violoncelo, teclado, vocais), Pablo Orue (bateria) e Mondrian Alvez (guitarra e baixo), no início, não pareciam bem à vontade ali. Mas assim que o show foi se desenrolando, com o público fazendo perguntas e interagindo, a banda se soltou. Nada que afetasse a maravilha que foi a apresentação – apenas o som não tava dos melhores (embolava por vezes).
O maior indício de que o FireFriend agradou estava nessa plateia de ouvidos pouco acostumados. Adolescentes, senhores de idade, casais com filhinhos e filhinhas iam e vinham, mas a maioria ficava, o que se pressupõe que a música agradou. Ao Floga-se agradou – e muito. Por trás do escudo de som, há melodias assobiáveis.
Não é difícil gostar, é preciso dizer. “999 To 666 ts Street” é um baita disco (como já disse aqui). Ao vivo, com zunidos deliciosos aqui e ali, com uma banda competente e sem floreios, com um repertório acachapante, qualquer um se entrega, se hipnotiza.
Os momentos “mais calmos”, com Julia no teclado, enganam. Logo vem a muralha, os pedais funcionam e o braço de Pablo se apressa em descer o sarrafo. “The Cat” é um bom exemplo.
Mas talvez a música que melhor destaque a verve criativa atual do FireFriend seja “Dropouts”, com uma ginga maliciosa e sexy que praticamente implora por ruídos.
Yuri, durante a entrevista, pediu que a microfonia que persistia em preencher o ambiente fosse mantida, que o técnico de som não se preocupasse em neutralizá-la: “nós gostamos assim”. Nós também. E se depender de shows como esse do FireFriend, mais gente embarca nessa.
1. Oleo Skull
2. Lost Drive-In
3. Airport Scene
4. Blackbird
5. The Cat
6. Free From Future
7. Dropouts
8. Higher Path
9. Kill All Indies
Veja dois vídeos da apresentação. Primeiro, a sensacional “Dropouts”:
E, então, “Kill All Indies”:
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Acabei de ouvir o show no site do Loaded e vou ficar a semana inteira deprimida por não ter ido.
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