O iPhone chegou ao Brasil com um estardalhaço risível, graças às muitas “celebridades” caras-de-pau querendo um aparelho na faixa. A filha do ex-ministro da Cultura, Preta Gil, com uma sutileza da qual só ela é capaz, disse ser hipocrisia a pessoa ir a um evento desses sem esperar ganhar um mimo. Ainda disse que queria um “G3” – que maravilha!
Eu ouço essas celebridades se estapeando como mendigo frente a um prato de sopa e me pergunto ora, pois, qual o público do iPhone? Não é segredo que o telefone está por aí há muito, inclusive com celebridades. Desbloquear o aparelho é a coisa ilegal mais fácil do mundo, assim como é baixar música, filmes, crackear softwares etc. Por isso, não entendo esses showzinhos vistos nos eventos de lançamentos do telefone. Porque essas anônimas celebridades não são o público do iPhone e talvez nem saibam o que seja um.
Essas pseudo-celebridades são como as pessoas comuns que não sabem, por exemplo, quem é o Flaming Lips e seu espetacular CD “Yoshimi Battles the Pink Robots”, de 2002, uma das capas que apareces no comercial da VIVO aí embaixo (ainda tem o “Narrow Stairs”, do Death Cab For Cutie; e “Seventh Tree”, do Goldfrapp), o primeiro da operadora sobre o aparelho. Deveriam colocar a capa do Xoróro, da Ivete Zagallo, da Sandy & Junior, do Rappa, da Daniela Mercury, sei lá. Tinha mais a ver ao momento e com certeza ao público que querem atingir no Brasil.