A Revista Bravo! trata a guria Mallu Magalhães de “revolucionária”. “Gênio” foi por minha conta.
Ela chegou a esse patamar (de merecer matéria na prestigiada revista) por ter feito pouco, muito pouco. Colocou suas músicas na Internet, algumas muitas pessoas fizeram o download, alguns poucos críticos empolgados mais pela idade dela (hoje, 16) do que pela música desandaram a inflar sua importância, e a tropa indie comprou a idéia.
A menina é tratada como revolucionária por ter usado a Internet para chegar ao “estrelato”, ao invés dos caminhos “normais”, ou seja, sem nenhuma gravadora grande ou esquema publicitário por trás. É a verdadeira estrela-blogueira, aquela que de tanto ser falada na Net, ganhou apoio da MTV (que é esquemão, afinal), da Folha, do Estado etc. Não há nada de revolucionário nisso. Nem na música dela, que é, afinal, o mais importante.
Uma menina de 16 anos causando rebuliço é bom, mas seria melhor se fosse pelos motivos certos: sua música e seus discos.
Ela tem tempo pra isso. Mas por enquanto, é só ídolo de adolescentes e mimo de alguns jornalistas deslumbrados.