“Pro unicórnio dos mares e pro Cocteau Twins”: essa é a dedicatória que Gimu fez em seu trabalho “Narwhals”, lançado em 14 de setembro de 2016.
Narval é a baleia conhecida como “unicórnio dos mares”, por conta do seu canino superior alongado, em forma de uma lança, ou de um chifre, como os unicórnios. Vive em profundezas em torno de um quilômetro das águas geladas do Ártico, principalmente perto da Groenlândia.
A música que Gimu apresenta aqui é uma alusão ao que seriam os sons ouvidos em tais profundidades escuras e gélidas.
E o Cocteau Twins soa mais como uma brincadeira, já que a banda de Elizabeth Fraser, com sua sonoridade dreampop, é bem menos abstrata que os sons da natureza aqui especulados.
Mas o próprio Gilmar trata de corrigir o Floga-se: “o lance do Cocteau Twins é sério. Nunca ouvi tanto a banda na minha vida, porque terminei de ler o livro sobre a 4AD dias atrás e achei que estava na hora de voltar e ouvir muita coisa do selo que tinha perdido e, nessas, descobri que gosto mesmo de Cocteau Twins e eles foram a trilha dos últimos meses. E em vez de fazer musicas e chama-las de ‘whales’ tails’, preferi chamá-las de um dos meus animais favoritos, narvais, porque beluga eu já tinha feito anos atrás (ouça aqui)”.
Gilmar Monte, o Gimu, apresenta mais uma vez seu drone ambient com delicadeza e sensibilidade. É o que chamamos de “som pras madrugadas”, bonito e introspectivo como poucos.
1. Narwhals Part 1
2. Narwhals Part 2
3. Narwhals Part 3
4. Narwhals Part 4
