Uma das melhores coisas do Gimu, além obviamente da música, são as explicações que ele mesmo dá aos seus próprios discos. A de “Underground Labyrinth (Or This Is Not An Album)”, lançado em 6 de maio de 2016, não foge à regra.
“Quando enviei à UAE Records mais de três horas de música alguns meses atrás, sabia que nem todas as canções estariam no meu segundo disco pelo selo. Naquela hora, não estava claro pra mim como o álbum seria, quais canções manter, porque elas precisam ficar juntas no disco, sabe… Agora, já que preparei as tais canções, então as que podem aparecer aqui no Bandcamp como um disco ‘isso não é um disco’, parece óbvio que são as que foram descartadas. Na verdade, devia lançá-las depois do disco sair, mas há certo e errado nesse negócio? De novo, canções descartadas deveriam nunca ser lançadas provavelmente porque não são boas o suficiente, o que quer que “não são boas o suficiente” queira dizer, já que isso é bem subjetivo. (…) Deixei essas canções aqui porque alguém pode gostar delas. E dei um título pra elas da mesma forma que o disco não foi concebido como um disco”, escreveu.
O primeiro disco lançado pela UAE Records foi “Of The Spirit, Of The Space”, em 24 de agosto de 2015 (vale muito a pena ouvir). Nesse meio tempo, Gimu lançou também uma coletânea, “Coat’s Changed Color” (ouça aqui), e uma trilha-sonora (pro jogo “Buried”, ouça aqui e conheça o jogo aqui).
O segundo lançamento se chamará “All The Things In Everything I Can’t Perceive”, a ser lançado ainda em 2016.
“Só ‘A Piece Of The Last One’ nesse ‘não-disco’ guarda alguma similaridade com outras duas canções com o disco que vem aí. No fim, optei pelas mais calmas, mais meditativas/evocativas/contemplativas canções pra entrar no disco, porque… porque sim”.
Ouça:
1. A Piece Of The Last One
2. Curved
3. Embryonic
4. Symbiosis
5. Further And Further Apart