HIEROFANTE PÚRPURA – TRANSE SÓ


Foto: Gabriel Colombara

Semana passada, às vésperas do lançamento oficial da versão física do “Transe Só”, o Floga-se publicou as faixas extras ao vivo com exclusividade. Ouça aqui se ainda não o fez (com um pequeno texto da própria banda, pra cada faixa).

Nessa segunda-feira, finalmente o lançamento oficial do disco. “Transe Só” é o primeiro álbum “cheio” do Hierofante Púrpura, banda de Mogi das Cruzes, formada por Danilo Sevali (vocal, baixo e piano), Gabriel Mattos (guitarra) e Diogo Menichelli (bateria), com a participação constante em shows de Helena Duarte no baixo (que toca na banda do Jair Naves).

Mas, bem, o disco é na verdade uma compilação de três dos quatro EPs da banda: “Adubado”, de 2009; “Crise de Creize”, de 2009/2010; e “Transe Só”, de 2011. Mesmo assim, curiosamente, as doze músicas formam um conjunto interessante, com destaque pras quatro primeiras, as do EP “Transe Só”.

Não é coincidência. É normal uma banda evoluir, mesmo em questão de meses. “Rosa Frígida”, com sua letra deliciosamente sacana (“enquanto o vendaval não passar / sou o seu amante e taco fogo em teu véu”), é a melhor do disco e um bom exemplo de maturidade poética. Mas, veja bem, parar nela é cometer um erro tremendo. As próximas três possuem bons momentos Yo La Tengo e o resto… Bom, o resto é digníssimo.

Ouça “Rosa Frígida”

Na parte intermediária, a de “Adubado”, há uma bom achado em “Não Conte A Ninguém Mato Você”, com um vocal angustiante, e uma introdução moderna em “Tá Tudo Bem Tá Legal”. Estamos numa parte menos rock: há grande acúmulo de tropicalismo e MPB aqui.

Chegando à parte “Crise de Creize”, o ouvinte se depara com “Casa”, uma esticada de seis minutos de preciosidade psicodélica em português, o que sempre tenderá a causar estranheza. É uma questão de costume – sei bem disso. Por outro lado, “Qualquer Um Toca Isso Hoje Em Dia”, com um português quebrado, se apresenta mais internacional, indie pra ultrapassar fronteiras.

O Hierofante Púrpura tem aí, na montanha russa psicodélica e indie, seu grande aliado. As músicas mudam de andamento, de ritmo, como se compilassem muitas ideias em pouco espaço. Mas, assim como o disco, há um alinhamento melódico em tudo. Há um jeito Hierofante Púrpura de ser. É o que “Transe Só”, o disco, oferece.

É um lançamento em conjunto da Popfuzz Records e da Transfusão Noise Records, dois dos selos mais importantes e fomentadores do alternativo nacional. Não vou dar o link direto pra você baixar. Vá até o site dos dois selos pra isso. Prestigie!

Link via Popfuzz Records.
Link via Transfusão Noise Records.

Abaixo, o serviço:

VERSÃO VIRTUAL
01. Rosa Frígida (“Transe Só”)
02. Areia No Olho Alheio (“Transe Só”)
03. Hospital Das Curas (“Transe Só”)
04. A Carta Que Eu Recebi Do Presidente (“Transe Só”)
05. Amor Te Quero (“Adubado”)
06. Não Conte A Ninguém Mato Você (“Adubado”)
07. Sujeito Sem Brio (“Adubado”)
08. Tá Tudo Bem Tá Legal (“Adubado”)
09. Casa (“Crise de Creize”)
10. Qualquer Um Toca Isso Hoje Em Dia (“Crise de Creize”)
11. Rainha Do Universo (“Crise de Creize”)
12. Discutindo (“Crise de Creize”)

VERSÃO CD
01. Rosa Frígida (“Transe Só”)
02. Areia No Olho Alheio (“Transe Só”)
03. Hospital Das Curas (“Transe Só”)
04. A Carta Que Eu Recebi Do Presidente (“Transe Só”)
05. Amor Te Quero (“Adubado”)
06. Não Conte A Ninguém Mato Você (“Adubado”)
07. Sujeito Sem Brio (“Adubado”)
08. Tá Tudo Bem Tá Legal (“Adubado”)
09. Casa (“Crise de Creize”)
10. Qualquer Um Toca Isso Hoje Em Dia (“Ao vivo – Ensaio – TV Trama”)
11. Rainha Do Universo (“Ao vivo – Ensaio”)
12. Discutindo (“Crise de Creize”)
13. Sujeito Sem Brio (“Ao vivo – Centro Cultural São Paulo”)
14. Casa (“Ao vivo – Pedreira de Salto”)
15. A Carta Que Eu Recebi do Presidente (“Ao vivo – Pico do Urubu”)

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