“Kid Foguete no Matadouro” é o nome de um conto de Henry Charles Bukowski Jr., o próprio. É sobre um ex-lutador de boxe que vai ter problemas num emprego “normal”. Termina, claro, tomando uma cerveja. KID FOGUETE é também o nome de uma banda paulistana formada por André Garbin (guitarra), Felipe Petroni (bateria), Pablo Turazzi Vilanova (baixo), Piero Locatelli (sintetizador) e Rafael Carozzi (vocal e guitarra). O quinteto, claro, tirou do conto de Bukowski o nome pra trupe.
A Kid Foguete brasileira acaba de se meter pela segunda vez no matadouro da música subterrânea brasileira, onde só os fortes (ou aqueles sem grandes expectativas financeiras) sobrevivem, ao dar à luz seu segundo EP, o ótimo “Pure Places”. O primeiro EP, igualmente independente, “Asteroids”, foi lançado em julho de 2013 e pode ser ouvido na íntegra aqui.
São seis canções com o frescor indiepop que bandas brasileiras como brincando de deus e Wry bem apresentaram em algum momento da carreira, nos anos 1990 e 2000, e que pode encontrar eco em bons nomes que vão de The Pastels e Swervedriver, por exemplo. Cantam em inglês e são bem formatados pra um mercado mais bem arrumado, como o inglês.
Grande destaque pra dupla inicial “Mostly Blue” e “Gravity”, além de “Red-Bellied Thrush”, com seu final noisy e “experimental”.
O novo EP, lançado oficialmente em 5 de maio de 2014, foi gravado entre agosto e novembro de 2013, teve produção da própria banda e de Billy Oh, mixagem de Marcelo Calbucci e masterização de Mike Marsh. A bonita capa é de Rafael Carozzi.
Você ouve o disco na faixa e na íntegra aqui:
1. Mostly Blue (clique aqui pra ver o vídeo)
2. Gravity
3. Ocean Deep
4. The Headlines
5. Going Out
6. Red-Bellied Thrush
Foto que abre o post: Hellvz Bernardes