Há uma certa discrepância na contagem dos discos do Kikagaku Moyo. A banda resolveu assumir seus dois primeiros lançamentos, o EP “Kikagaku Moyo”, de 2013 (ouça aqui); e “Forest Of Lost Children”, disquinho com seis músicas, de 2014 (ouça aqui), como sendo seus primeiros discos-cheios; de modo que “House In The Tall Grass”, lançado em 2016 (ouça aqui), tido até então como de fato o primeirão, passou a ser o terceiro.
Isso faz com que “Masana Temples”, trabalho que o grupo japonês coloca no mundo em 5 de outubro de 2018, seja o quarto na conta.
Embora possa parecer besteira essa preocupação, não é. Porque os discos do Kikagaku Moyo são diferentes entre si, há uma certa rota que a banda seguiu desde o primeiro até aqui, numa linhagem que nem parece pertencer ao mesmo grupo. Este novo, por exemplo, foi gravado em Portugal, com produção do jazzista Bruno Pernadas, o que atribui outra sonoridade aos japoneses.
“As mudanças nas dimensões de ‘Masana Temples’, quarto álbum dos exploradores psicodélicos Kikagaku Moyo, são informadas pelas várias experiências que a banda teve ao viajar junta, desde os meses de turnê até uma peregrinação a Lisboa pra gravar o álbum com o músico de jazz Bruno Pernadas. A banda procurou Pernadas por admiração à sua música e por um movimento intencional de trabalhar com um produtor que vinha de um cenário totalmente diferente. Com ‘Masana Temples’, a banda queria desafiar seus próprios conceitos sobre o que a música psicodélica pode ser”, descrevem.
A primeira canção liberada, “Gatherings”, dá uma ideia da viagem:
Além da produção de Pernadas, o trabalho contou com mixagem e masterização de Tiago De Sousa. As gravações se deram no Estúdio Valentim de Carvalho em Lisboa, em abril de 2018.
01. Entrance
02. Dripping Sun
03. Nazo Nazo
04. Fluffy Kosmisch
05. Majupose
06. Nana
07. Orange Peel
08. Amayadori
09. Gatherings
10. Blanket Song