“Muitas vezes me perguntam ‘A música pode mudar as coisas pras pessoas no cenário político?’ Inferno, sim, pode… mas é preciso um ouvinte, um público pra fazer algo. Então, junte-se a mim pra ajudar a proteger e manter acessível o direito de uma mulher de escolher seu destino comprando esta música e apoiando o Fund Texas Choice e seus esforços coletivos pra garantir o acesso ao aborto pra todos. Obrigada. Isso significa muito”, escreveu Kim Gordon no Instagram.
A artista está preocupada com o que a Suprema Corte de seu país pode fazer em relação ao direito ao aborto. No primeiro dia de dezembro de 2021, os juízes indicaram que poderiam mudar seu entendimento sobre o aborto, caminhando em direção a novas restrições, o que a Folha de São Paulo chamou de “reversão histórica da decisão que liberou o procedimento, há quase 50 anos”.
“A Corte tem, hoje, maioria de juízes conservadores, de 6 a 3. Dos seis, quatro deles indicaram que devem votar a favor de manter válida uma lei do Mississípi que impede o aborto após 15 semanas de gestação. Se a legislação for vista como constitucional, abrirá espaço para que mais estados adotem regras do tipo”, explica o jornal paulista (leia a matéria aqui). A decisão final não tem data certa, pode levar um tempo, mas os ativistas dos direitos humanos desde já pressionam pra que o retrocesso não aconteça.
“Por 50 anos, esta corte corretamente reconheceu que a Constituição protege um direito fundamental das mulheres de decidir sobre terminar uma gravidez antes da viabilidade do feto. Esta garantia, de que o Estado não pode forçar uma mulher a manter uma gravidez e dar à luz, gerou grande confiança pras pessoas e pra sociedade. Os efeitos no mundo real de anulá-la seriam graves e rápidos”, defendeu uma representante do governo de Jor Biden perante a Corte.
Gordon us sua arte pra pressionar. Lançou “Grass Jeans” e toda a grana que conseguir com a música em dezembro vai doar pro Fund Texas Choice, que luta pela causa.
Ela está puta da vida. E tem razão: