A gigantesca CBS comprou a Last.fm, radio internética que faz a cabeça de quase 15 milhões de ouvintes cadastrados no site. A aquisição ficou pela bagatela de 280 milhões de libras. Quantas geladas dá pra tomar com a bufunfa eu ainda não contei, mas é dinheiro à rodo.
E é um dinheiro justificável. Hoje, a Last.fm é a melhor maneira de fazer “relacionamento musical” pela Internet. Basta digitar o nome de uma banda e a rádio vai tocando tudo aquilo que supostamente tem a ver com a banda escolhida. É uma comunidade que ao contrário de merdas como o Orkut tem motivo para existir (assim como o My Space). Quer conhecer algo obscuro, novo e interessante, que provavelmente jamais irá tocar nos meios normais de divulgação? Last.fm! É possível, através de playlists, criar suas proprias rádios, manipular favoritas e bloquear músicas malas. Ou seja, a rádio perfeita (que só perde pro seu próprio MP3 player).
Os britânicos da CBS compraram o site justamente no momento em que a Last.fm estava engatinhando nas listas de vídeo. O maior temor dos usuários é que o site se torne pago. Aí, o povo todo arruma uma alternativa, é verdade, mas seria uma pena.
Na mira da CBS estão esses milhões de ouvintes/consumidores de música. A comunidade do site contém informações detalhadas sobre o consumo e o gosto musical específico de cada usuário. Hoje em dia, no marketing de relacionamento, informações tão detalhadas brilham como ouro.