LIECHTENSTEIN

Não estou me referindo, obviamente, ao paiseco (referindo-me à extensão territorial, claro) encravado entre a Áustria e a Suíça. Falo da banda, de Gotemburgo, Suécia. Se você ainda não conhece a LIECHTENSTEIN, faça o favor agora.

Se o nome do micro-estado leva o sobrenome da família que governa o país desde 1608 (numa tradução livre, “pedra clara”, que em tupi-guarani daria um sonoro Itambará), o da banda não se tem resposta.

Mas, a despeito do nome, posso dizer um bocado sobre a trajetória da Liechtenstein. É uma banda de garotas, o que sempre é bom. Em 2005, Renée, Naemi e Teresa começaram a tocar juntas, por diversão. Elas se dizem influenciadas pelos britânicos dos anos 1980, como Talulah Gosh, Dolly Mixture, Mo-Dettes, Girls At Our Best e Shop Assistants.

Com os shows em Gotemburgo, chamaram atenção da Fraction Discs, que gravou o single “Stalking Skills”, em 2007 (veja o vídeo abaixo, já tocando em Londres, em agosto do mesmo ano, desafinadas que só).

A música fez um certo barulho no mundinho indie, levando-as à Finlândia, Dinamarca, Alemanha e Inglaterra. Nessa época, juntou-se à banda a baterista Elin Conradson, enquanto a guitarrista e vocalista Teresa (que você vê no vídeo acima) larga a palheta. Emma assumiu.

Como um quarteto, o Liechtenstein volta a gravar um single, “Apathy”, com “Security By Design” no lado B.

“Security By Design”

A inclusão de sopros deixou a música das moças bem mais atraente, livrando-a da monotonalidade por vezes irritante. Embora “Security By Design” seja muito boa e, na minha opinião, bem melhor do que “Apathy”, foi o lado A, com seus arranjos vocais e sua letra sob medida para menininhas indie (que a banda chama de “música de protesto”), que alçou o Liechtenstein ao status de cult. Um álbum estava prestes a se tornar realidade.

Em maior de 2009, “Survival Strategies In A Modern World” foi lançado pela Fraction Discs e Slumberland Records (EUA). Nove músicas que colocaram a banda definitivamente no caminho certo (o que quer que isso queira dizer) ou que, segundo a Slumberland, fizeram da “Liechtenstein ficar próximo de se tornar a banda que toda irmã mais nova indie desejaria ter formado”.

1. All At Once
2. Postcard
3. Sophistication
4. By Staying Here (We Will Slowly Disappear)
5. Wallpaper Stripes
6. Roses In The Park
7. Reflections
8. White Dress
9. The End

Ouça “All At Once”:

Em 2010, elas lançam um novíssimo single, com a ótima “Passion For Water” no lado A e a sensacional “On The Tram” no B, que você ouve abaixo, no clipe oficial, já com a formação atual (Renée, Elin, Ulrika & Emma):

Pra conhecer toda a discografia da banda, clique aqui. Para ouvir mais músicas e conhecer todas as fases da carreira, o MySpace delas é como se fosse um best of: clique aqui. Para as letras, clique aqui.

O saldo final é que o Liechtenstein parece um bocado com aquelas bandas pós-punks dos anos 1980, como as Mercenárias: cru, direta, harmonias um tanto desarmoniosas e vocais cheio de camadas, mas por vezes desleixados, talvez gritados.

É uma banda pra se ficar de olho. Mesmo que a Suécia seja longe demais da gente.

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Comentários

comentários

Um comentário

  1. A gelada Suécia de bandas boas e mulheres lindas. Com essas o país t um dos maiores índices de suicidio do mundo ,vai entender…

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