LIVRO OBRIGATÓRIO

E não é que saiu no Brasil o livro “1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer” (1001 Albums You Must Hear Before You Die, 2005), escolhidos por 90 críticos americanos e ingleses e editado por Robert Dimery?

Nessa onda de listas que não pára nunca – e que de fato é bem legal – já saíram livros como “1001 Prédios Para Ver Antes de Morrer”, “1001 Canções: As Grandes Músicas de Todos os Tempos e Os Artistas, Histórias e Segredos Por Trás Delas”, “1001 Filme Para Ver Antes de Morrer”, “1001 Livros Para Ler Antes de Morrer”, “1001 Músicas Clássicas Para Ouvir Antes de Morrer”, “As Grandes Capas de Disco de Todos os Tempos” e, acredite, até os “1001 Jardins Para Ver Antes de Morrer”.

O livro em português foi editado pela Sextante e tem as mesmas 960 páginas da edição original.

O maior problema desse tipo de lista, além da polêmica de incluir esse ou aquele disco ou não incluir um outro que alguém considere importante, é que você jamais terá a edição definitiva, afinal a humanidade não vai parar de gravar discos depois de 2007, data dessa edição; além do mais, o que me parece mais importante, é que discos com dois, três, quatro anos ainda não “amadureceram” o suficiente para se tornarem tão importantes assim, ou coisa que o valha.

O último dessa lista, por exemplo, é “The Good, The Bad & The Queen”, creditado como uma “jóia da música moderna”. Pode ser, mas já?

O grande barato do livro, além da própria lista, onde é possível descobrir e redescobrir pérolas espetaculares (como a primeira banda de Buddy Holly, “The Crickets”, em disco ovular do rock, de 1957), são os textos. Resenhas curtas e objetivas conseguem captar e transmitir a importância de cada disco e fazer com que você acredite que a obra foi realmente importante e que você não pode morrer sem ouvi-la. São textos de jornalistas renomados, que sabem do que estão falando e que gostam do que estão falando. Perto deles, dá vontade até de desistir desse negócio de escrever sobre música: não chego nem aos pés.

Porém, se não sei adjetivar como eles, o gosto pode se equiparar. Falar sobre música é tão bom como falar sobre cinema e sobre futebol (sempre com uma cerveja gelada por perto e – se der – umas beldades à vista).

Recomendo o livro como diversão – e o chamo de obrigatório, ao menos para fazer seu programa de download funcionar. Tenho certeza que você vai querer baixar umas dezenas que nem imaginaria fazê-lo. A ajuda é bem-vinda nos casos do jazz, do blues, do country, do bee-bop e de outros gêneros fora do “alternativo” ou “indie” (que não querem dizer lhufas), que raramente se inovam.

Mãos à obra: minha coleção já aumentou um bocado desde então.


Eis a capa original


Eis a capa da edição nacional, bem mais bacana

Leia mais:

Comentários

comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.