A Lupe De Lupe lançou em 2014 um dos grandes discos do ano, o ousado “Quarup” (ouça na íntegra aqui), uma maratona de vinte e uma músicas, com algumas das letras mais “urbanas”, políticas, diretas, cruas e atuais que a música jovem produziu nos últimos tempos.
Com músicas alternando entre a placidez e a porrada, a languidez e a provocação, a Lupe De Lupe acaba incomodando gregos e troianos, e na medida inversa, só agrada aos que tentam entender. “Quarup” é assim. E a apresentação que a banda fez no Showlivre exibe esse labirinto que é a arte do quarteto.
Durante exata uma hora, a banda mostra músicas de “Quarup” e do EP anterior, de 2013, “Distância”, que já era uma prévia do que seria sua grande obra – “A Escrava Isaura” é do EP “Recreio”, de 2011.
Ao vivo, sem qualquer filtro de produção, as falhas que incomodam os críticos ficam mais evidentes, principalmente os vocais desafinados – que pra outros tantos são justamente o grande charme estético do conjunto (não há nenhuma limitação que deva segurar o criador, afinal de contas).
A certa altura, Clemente (do Inocentes), o apresentador, deixa bem claro: “vocês não cantam nada, vocês não tocam nada, mas vocês são legais pra caramba (risos)”. No que Vítor Bauer responde: “a gente não toca nada juntos e a gente abraça nossas limitações”.
A Lupe De Lupe causa alguns desses questionamentos e tira de letra.
(00:00) 01. SP (Pais Solteiros)
(03:35) 02. Os Dias Morrem
(07:16) 03. Colgate
(10:56) Entrevista
(15:21) 04. Fogo-Fátuo
(18:06) 05. Orquestra Pra Três
(22:40) 06. Homem
(27:58) Institucional Showlivre
(31:05) 07. Gaúcha
(36:00) 08. Reino Dos Mortos
(39:54) 09. A Escrava Isaura
(43:29) Entrevista
(54:00) 10. Eu Já Venci
Veja: