MAGIK MARKERS

Você conhece essa dupla?

Deveria.

Começaram como um trio, tocando em Hartford, Connecticut, em 2001, no porão da casa deles. Já faz tempo, portanto.

Era formado por Elisa Ambrogio (guitarra e vocal), Pete Nolan (bateria) e Leah Quimby (baixista), Quimby deixou a banda em 2006, quando o MAGIK MARKERS já tinha um bocado de discos/EPs no currículo.

A banda não é cultuada à toa. No início, durante os shows, distribuíam CD-Rs para a platéia com suas músicas. Era uma barulheira do cão, com direito a destruição de instrumentos (comprados de sugunda/terceira/quarta mão apenas para esse fim) e delírio do pequeno público.

Um dos CD-Rs, veja só, acabou nas mãos de ninguém menos que Thurston Moore, o cabeção do Sonic Youth. Como o Magik Markers tem distorção, velocidade, barulho, experimentalismo, sacadas geniais, letras insanas e doideira suficientes para ser comparada com a banda de Moore, ele não pensou duas vezes e chamou o trio para abrir os shows do Sonic Youth em 2004, pelos Estados Unidos.

Além disso, o selo de Thurston Moore, Ecstatic Peace ajudou a lançar o segundo EP da banda, “I Trust My Guitar, Etc”, em 2005, que tinha seis músicas. Mesmo assim, o Magik Markers nunca chegou a ser um grande nome. Por causa da música, do estilo doidão, ficou restrito ao underground.

Mas agora, em 5 de maio de 2009, está lançando “Balf Quarry”, o sucessor do “bem-sucedido” “Boss”, de 2007, que tinha o single “Taste”. Não sei se o quadro vai mudar, mas as músicas parecem mais acessíveis.

Se você quiser ir mais a fundo, veja a intensa discografia dos caras e busque na Internet. Talvez por causa da distribuição de CD-Rs no início da carreira, que antecipava um tanto a eficácia dos downloads (que a indústria insiste em chamar de “ilegal”), o Magik Markers está bem cotado na Rede: há tudo da banda, fácil de achar.

Dou uma força, eles não ligam – talvez até agradeçam:

2004 – In The East – EP com cinco músicas
2005 – I Trust My Guitar, Etc – EP com seis músicas
2005 – Feel The Crayon – EP com sete músicas
2006 – If It’s Not a Ford It Sucks – EP com três músicas, uma delas com 19 minutos
2006 – Don & Phil – EP com três músicas
2006 – A Panegyric to the Things I Do Not Understand – Álbum com duas músicas de mais de 19 minutos cada
2006 – For Sada Jane – Álbum com quatro músicas
2006 – Presente “Road Pussy” – EP com sete músicas
2006 – The Volodor Dance – EP com quatro músicas
2007 – Boss – Álbum com nove músicas
2009 – Balf Quarry – Álbum com dez músicas

Deu pra perceber que a banda gosta de trabalhar, de criar, de compor. Mas é preciso paciência para ouvir. Não é uma música fácil. No meio de um bocado de barulho, há uma ou outra pérola pop, palatável. É preciso garimpar, ou curtir o experimentalismo, no melhor estilo Sonic Youth.

Aqui vai o vídeo de uma dessas pérolas pop. É “Taste”, do disco “Boss”, de 2007. O clipe não é oficial, mas é uma grande sacada: enquanto a música retrô rola, vê-se trechos do bacanão filme “Faster Pussycat: Kill! Kill!”, de 1965, de Russ Meyer. Não dá para adjetivar, só vendo:

Mas pra ninguém pensar que é só “moleza”, olha essa loucura ao vivo. Uma jam que a banda fez em outubro de 2007, tocando “Pat Garret”:

Olha o serviço do disco novo, “Balf Quarry”:

01. Risperdal
02. Don’t Talk In Your Sleep
03. Jerks
04. Psychosomatic
05. 7/23
06. State Numbers
07. Ricercar of Dr. Clara Haber
08. Lighter Side of….Hippies
09. Ohio R./Live/Hoosier
10. Shells

magikmarkers-balfquarry

Agora, imagine ouvir isso com umas na cabeça…

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