Um dos nossos selos preferidos, o Mansarda Records, do sul do país, tem aquela voracidade de lançamentos difícil de acompanhar. Mas, curiosamente, depois do ótimo “Phylum”, de Rômulo Alexis, colocado no site em maio de 2014, o lançamento seguinte ocorreu apenas em agosto. E até a presente data, 11 de novembro, foram três bons petiscos pra degustar.
VOK – “MENTAL DISORDER”
O primeiro, do 14 de agosto de 2014, é “Mental Disorder”, do VOK, um trio formado por Al Sand, Michel Munhoz e Renato Rieger.
São quatro composições baseadas no improviso de instrumentos nada convencionais – embora também existam baixo e percussão.
1. We Love The Worm
2. Void Of The Hammers
3. Carbon Fields
4. Disturbing Frequencies
—
O segundo é “Concêntrico”, da dupla Nanã Paru & Michel Munhoz, lançado em 2 de outubro de 2014.
Nanã Parú (baixo) e Michel Munhoz (bateria) gravaram essa sessão de improviso livre jazzístico em março, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
O resultado são quatro peças bem “esquisitas”, onde sobressaem os devaneios de Munhoz na bateria (sim, que baterista!).
1. I
2. II
3. III
4. IV
—
O terceiro lançamento chegou em 20 de outubro de 2014, “Tarnish”. Uma parceria do trio VOK com o nome mais frequente da Mansarda, Diego Dias.
Gravado em abril de 2014, também em Porto Alegre, no estúdio Musitek, com masterização de Guilherme Maschke, o VOK se une aos sopros de Dias pra incrementar o improviso de uma forma ainda mais jazzística. Dias é um dos sopros mais criativos do Brasil atualmente, é um prazer ouvi-lo inventar. Seu som é cinematográfico, remete àqueles filmes preto e branco sem intenções comerciais dos anos 1950.
Nas cinco músicas de “Tarnish”, a parceria funciona bem (e o resultado é até melhor e mais agradável do que em “Mental Disorder”).
É o mais bacana dos três lançamentos, à primeira audição.
1. Catheter
2. Spine and Lung
3. Anaphilatic
4. Pneunma
5. Socio Apathic