Não queria fazer isso, que acho uma idiotice sem tamanho, mas vamos lá. Não custa nada.
Melhores discos do ano:
• “Boxer”, do The National – Vale por “Fake Empire”, “Ada”, “Brainy” e “Start A War”… Não, vale pelo disco todo mesmo.
• “Beyond The Neighbourhood”, do Athlete – Conseguiu ser melhor que o anterior, “Tourist”, mas isso talvez só eu ache.
• “Like Bees”, do Dirty On Purpose” – É um EP de cinco músicas, recém-lançado. O disco de estréia deles é de 2006, portanto não entra aqui.
• “In Rainbows”, do Radiohead – Mas só porque é Radiohead.
• “It’s A Bit Complicated”, do Art Brut – A banda é divertidíssima e se superou nesse segundo disco. Ouvi com certo fervor, principalmente “Direct Hit”.
• “Our Love To Admire”, do Interpol – Não sei dizer o motivo, só que não sai do player do carro.
• “As End Has A Start”, do Editors – “The Racing Rats” já valeria, mas tem mais, muito mais. Joy Division taí!
• “Teenager”, do The Thrills – Só as três primeiras músicas já valem pelo disco: “The Midnight Choir”, “This Year” e “Nothing Changes Around Here”. Ouça o resto e você também vai colocá-lo entre os melhores do ano.
• “Cryptograms”, do Deerhunter – O disco mais “esquisito” do ano. O que é uma bela virtude.
Melhores discos “quase lá” do ano:
• “Weekend In The City”, do Bloc Party – Talvez porque a expectativa era alta demais, mas há grandes sons ali, como “Hunting For Witches”, “Waiting For The 7:18” e “I Still Remember”. Faltou alguma coisa.
• “Neon Bible”, do Arcade Fire – Mas um caso de super expectativa. Só que merece quase chegar lá só por causa da espetacular “Keep The Car Running” e da nova versão de “No Cars Go”. Não é tão bom quanto o primeiro.
• “Some Loud Thunder”, do Clap Your Hands Say Yeah! – Talvez a única grande música seja mesmo “Five Easy Pieces”. Há outras que fazem um bom conjunto, mas é pouco pra quem fez o que fez no disco de estréia.
• “Baby 81”, do Black Rebel Motorcycle Club – Poderia ser um dos melhores se eu não estivesse meio de saco cheio deles. “Howl!” achei melhor, mas aqui tem pelo menos “All You Do Is Talk”, viajante até a última nota, e “Killing The Light”, blusão.
Melhores discos “revelação” do ano:
• “Everything Last Week”, do Fields. – Cheio de barulhinhos e canções… hã… com “clima”. “Charming The Flames” dá o tom, mas é na homenagem ao My Bloody Valentine de “If You Fall We All Fall” que o disco se torna imperdível.
• “The Kissaway Trail”, do The Kissaway Trail – Deveria entrar nos melhores do ano, porque é um dos melhores do ano, não apenas no quesito “revelação”. O disco inteiro é bom, pena que muitas vezes se pareça com o Coldplay (tem gente que vai torcer o nariz por isso, mas tudo bem).
• “Colour It In”, do Maccabees – Porque o Joy Division e Nirvana podem entrar juntos num estúdio e fazer um disco assim.
• “A Place To Bury Strangers”, do A PlaceTo Bury Strangers – A maior e mais legal barulheira do ano.
Melhores músicas do ano:
• “Listening Man”, do The Bees – Ouça no Havaí (ou seria em NY?) e de preferência voltando aos anos 60.
• “Hurricane”, do Athlete – Música pop fácil, que gruda fácil na cabeça, você vai gostar fácil e que votaria aqui fácil também.
• “The Outsiders”, do Athlete – Piano, vocal afetado, mas bacana demais.
• “Direct Hit”, do Art Brut – Talvez a música mais divertida e dançante do ano.
• “All My Friends”, do LCD Soundsystem – Talvez uma das mais legais da década, com tudo o que merece: começa devagar, vai entrando cada instrumento e no final das contas você tá cantando junto.
• “Smother + Evil = Hurt”, do The Kissaway Trail – Refrão grandioso em música pop dá nisso. Bom.
• “Eloquence And Elixir”, do The Kissaway Trail – Pra explicar porque é uma das bandas mais legais que surgiram…
• “If You Fall We All Fall”, do Fields. – Porque é My Bloody Valentine (“Loveless”) total.
• “Jigsaw Falling Into Place”, do Radiohead – Uma das grandes músicas do disco novo, com o baixo e a guitarra fazendo mais do que Thom Yorke.
• “300 MPH Torrential Outpoor Blues”, do White Stripes – Talvez a única música do “Icky Thump” que preste. E que música!
• “Fake Empire”, do The National – Abre o melhor disco do ano, então já diz tudo. A música cresce aos poucos e te leva junto.
• “This Year”, do The Thrills – Empolgante. Pra tocar em rádio, mas não toca. Aquela gaita…
• “I Still Remeber”, do Bloc Party – Podia estar no primeiro disco, então é porque é boa demais. Pra dançar.
• “Keep The Car Running”, do Arcade Fire – Uma das melhores do ano, porque é um Arcade Fire em grande forma. Diz um músico amigo meu – já que eu não entendo nada de música – que tem “um arranjo complexo”. Porra, pra mim é só boa.
• “Smoke Outside The Hospital Doors”, do Editors – Aquela bateria no começo e a voz de Tom Smith anunciam por poucos segundos (25″) uma das músicas mais comoventes do ano.
• “You Cross My Path”, do Charlatans – Anunciando que o próximo disco pode ser tão bom quanto a banda sempre foi.
• “Rest My Chemistry”, do Interpol – Dark, dark, dark.
• “Ruby”, do Kaiser Chiefs – Pra pular como nunca, mas parece que é de uma década atrás, de tão distante que se vai o dia em que foi lançada.
Melhores shows do ano (no Brasil, é claro):
• Magic Numbers (Via Funchal) – Um show de peso.
• Mudhoney (Clash) – Lugar ideal pra um show desses, um show ideal pra qualquer um.
• Kasabian (Planeta Terra) – Louco é melhor ainda.
• Lily Allen (Planeta Terra) – Ninguém gostou, só eu e minha senhora.
• Killers (RUIM Festival) – Ficar até cinco da matina pra ouvir Killers poderia ser um programa de índio. Não foi.
• LCD Soundsystem (Credicard Hall) – Não fui, mas de acordo com um vermelho parceiro do Floga-se, foi um dos mais espetaculares do ano.
Piores shows do ano (no Brasil, é claro):
• Björk (Ruim Festival) – Ela já é mala, atrapalhando o meio de campo, então…
• Rakes (Via Funchal) – Sonolento.
• Móveis Coloniais de Acaju (Via Funchal) – Meu Deuuuuusss…
• CocoRosie (The Week) – Chatíssimo.
Melhores acontecimento do ano:
• Queda do Corinthians para a Série B.
• Queda da CPMF.
• Queda de braço entre o rei Juan Carlos, da Espanha, e Hugo Chávez.
Essa lista de final de ano com certeza será acrescida de mais coisas. Basta minha memória combalida não me trair. Vou, então, adicionando no decorrer. Ou não.