A própria banda explica o que é esse “EP 3”, lançado em 24 de julho de 2017: “em 2017, o Metá Metá fez a trilha pro espetáculo de dança do Grupo Corpo, ‘Gira’. ‘Odara Elegbara’ e ‘Ajalaiyé’ são canções que faziam parte da trilha, mas não entraram na versão final do espetáculo. Temos agora a oportunidade de ouvir essas duas canções que fizeram parte do processo de criação da trilha. São canções que citam o orixá Exu (também tema do espetáculo), conhecido no panteão como um Deus primordial, mensageiro entre os demais deuses e os mortais, a força dinâmica que move mundo e todos os seres que nele habitam”.
O “EP 3” chega um ano depois do aclamado “MM3”, terceiro disco cheio do Metá Metá (leia e ouça aqui ou vá até a resenha clicando aqui). Ele foi gravado nos estúdio El Rocha, em São Paulo, por Fernando Sanches, com mixagem de Gustavo Lenza e masterização de Felipe Tichauer.
Juçara Marçal, Thiago França, Kiko Dinucci, Marcelo Cabral e Sérgio Machado entregam duas belas canções, dentro do seu escopo jazz-noise-música-popular.
Com menos de sete minutos, o EP começa doce, com “Odara Elegbara”, oferecendo a voz de Marçal enfeitiçando sobre o encanto (“tanta beleza assim assustou / tanta beleza ofendeu / … / tanta beleza assim chega dói / tanta beleza assim endoidou”), com tambores ao fundo e uma eventual e cortante guitarra dando certa aparição, ao lado de sopros perfurantes.
“Ajalaiye” é instrumental e mais errática, um noise programático e programado, ensaiado e suingado, como de praxe e marca do grupo.
É um presente gracioso do grupo aos seus fãs. Essas músicas completam “MM3” e não podiam ficar escondidas.
Ouça na íntegra:
1. Odara Elegbara
2. Ajalaiye
