Acredite ou não, “Digital Garbage” é só o décimo disco do Mudhoney, que já tem três décadas de vida. O trabalho sai dia 28 de setembro de 2018, via Sub Pop, sucedendo “Vanishing Point”, lançado em 2013 (conheça aqui).
Mark Arm (vocal), Steve Turner (guitarra), Guy Maddison (baixo) e Dan Peters (bateria) entregam onze músicas e, pelo o que se ouve na primeira a ser divulgada, “Paranoid Core”, o quarteto se volta pra garagem, seguindo direto, objetivo e sem firulas:
“São tempos soturnos”, diz Mark Arm, “e acho que vai piorar”. “Não estou em nenhuma rede socia, então minha experiência é um tanto limitada”, ele segue, no informe oficial à imprensa, “mas as pessoas parecem ver valor em likes, e então há o Facebook Live, onde as pessoas estão transmitindo ao vivo tortura e morte, ou sendo assassinadas por policiais. Então, enquanto escrevia ‘Kill Yourself Live’, imaginei como, uma vez que coloca algo online, você não consegue expurgar nada. Sempre vai estar lá, mesmo que ninguém descubra, ainda está em algum lugar por aí”.
O olhar à distância dessa loucura toda da “era da comunicação” não faz a banda se ausentar de uma posição, aliás bem cristalina no título da obra. “Digital Garbage” se volta à garagem sessentista sem se esquecer do agora.
O disco foi gravado em 2017, com Johnny Sangster (que também toca teclas na obra), no estúdio Litho, em Seattle.
01. Nerve Attack
02. Paranoid Core
03. Please Mr. Gunman
04. Kill Yourself Live (clique aqui pra ver o vídeo)
05. Night And Fog
06. 21st Century Pharisees
07. Hey Neanderfuck
08. Prosperity Gospel
09. Messiah’s Lament
10. Next Mass Extinction
11. Oh Yeah
