Hoje faz 25 anos que a Philips produziu o primeiro disco de CD: “The Visitors”, do ABBA. Sim, foi no longínquo 1982, data em que muita gente que lê esse blogue ainda nem tinha nascido.
De lá pra cá, 200 bilhões de CDs foram fabricados no mundo, entre obras de artistas e CDs virgens para gravação e regravação doméstica.
Como curiosidade, os CDs possuem capacidade média de 74 minutos, porque é feito para caber exatamente a 9ª Sinfonia de Beethoven, que surdo que era não saberia distingüir o som de um vinil do de um CD.
Os primeiros CDs lançados eram de música clássica. Os exxxpertos da indústria achavam que o pessoal que gosta de rock e pop não teriam grana pra gastar num aparelho que reproduzisse o formato, à época custando cinco mil reais (ok, o real nem existia em 1982), ou 1,9 mil dólares (o dólar já existia).
O CD tem 25 anos e, você sabe muito bem, já morreu. Há quem compre ainda, é claro (eu compro, cada vez menos, mas compro), tanto que é o formato mais vendido pela indústria hoje em dia, por enquanto. O segundo formato mais vendido é o virtual, downloads, saca?
O terceiro formato mais “vendido” também é o virtual, downloads. Mas esse, a gente sabe, é de graça.
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Matéria assinada pelo Thiago Ney, da Folha, que coloco em aspas, por preguiça de explicar: “NUNCA TINHA ouvido falar em Thurston Revival até esta semana. Quando veio a notícia de que a nova música mais cara do mundo é do Thurston Revival. Essa banda é, na verdade, projeto de Dan O’Connell, um inglês de 24 anos desconhecido no meio musical. No próximo dia 28, ele coloca à venda o single ‘Somewhere There’s An Angel’, a 100 libras (na cotação de ontem, quase R$ 400). Veja: é um single em vinil, com apenas uma música. Serão vendidas apenas cem cópias, cada uma com capa desenhada por um jovem artista britânico.”.
Pois é, quatrocentos mangos pra comprar um disco em vinil de um cara que quase ninguém conhece, contendo uma música só.
Declaração de O’Connel, ao Sunday Times: “Esse preço escandaloso é uma forma de chamar a atenção para o valor da música em geral. O quanto você ama uma canção não tem nada a ver com o quanto você paga por ela. ‘Somewhere There’s an Angel’ está no meu MySpace [www.myspace.com/thurstonrevival], qualquer um pode ouvi-la de graça. Significa que a música não vale nada? Claro que não, mas é isso o que nos fazem acreditar.”.
Cá entre nós, é claro que o objetivo do cidadão não é esse. O músico quer chamar atenção pra si, pras pessoas ouvirem sua música (de graça, no MySpace dele) e, quem sabe, descolar um bom contrato com uma gravadora, que vai lançar um CD ou um pen drive a preços comerciais (6 ou 7 libras). De quebra, ainda leva o preço dos seus shows lá pra cima, que deve ser o ganha-pão de todo artista nos dias de hoje.
Esse é exxxperto.
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O site da MTV diz que o Beck vai lançar single novo dia 20, “Timebomb”, que não consta no seu último disco, “The Information”, de 2006. A música sai só digitalmente.
A questão para mim não é se Beck vai lançar uma música nova, mas se ele vai lançar uma música relevante. E legal.
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“Dirty Water”, do Singapore Sling, é boa ou não?
Loop na cabeça!
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Esses caras que (ainda) gostam de Beatles…
Ok, o quarteto é importante para a música, mas tem gente que não se cansa. Recebi um e-mail me convidando para assistir à “Maratona Beatles”, no Crowne Plaza, em São Paulo. Li com atenção, tentando não rir.
O lance é o seguinte: a banda brasileira de cover do quarteto, Beatles 4Ever, vai homenagear os Beatles – e sabe-se lá o motivo dessa vez – subindo ao palco às 10 da manhã do dia 8 de setembro, no meio do feriado, e só sairão de lá às duas da matina de domingo, após terem tocado toda a discografia da banda e em ordem cronológica.
Eles querem entrar para o Guiness Book. Um representante da publicação vai estar lá.
Vão até vender ingresso para isso. Cada show (cada disco) custa trinta reais. Para ver tudo, 160 reais mais um tapinha nas costas e gatorade. Você vai precisar.
Não falta mais nada…
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Será que o Snow Patrol é mesmo a banda mais odiada da Inglaterra? E se for, o que eu tenho a ver com isso?
Papo besta…
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Tô ouvindo esse GO MOTION, “Different In Time”, enquanto escrevo essas merdas aqui.
Dizem que o vocalista Albert Kurniawan parece o Robert Smith do começo do The Cure reencarnado. É quase isso, só que como se ele estivesse nos Strokes ou, hmmm… no Killers, pelo excesso de teclados.
“Kill The Love” é o primeiro disco, independente, e tem só 34 minutos. Opa! Vou baixar pra ver qualé.
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Um apelo:
POR FAVOR, PAREM DE SACUDIR O PERU!