Você provavelmente conhece o NOTWIST. “Provavelmente”, porque é uma banda interessante, mas muito pouco conhecida. Eles fizeram de tudo, do punk ao jazz, de Helmet a Radiohead. Mais abrangente impossível. Começou em 1989, na Alemanha (em Weilheim), como uma banda de punk rock, hardcore e coisas que o valham. Resolveu lançar-se assim: “The Notwist” (1990). Mas o resultado foi muito comum, aliás bastante abaixo do “comum”.
Vieram, então, Nook (1992), “12” (1995) e “Shrink” (1998). Lembram bastante Dinossaur Jr. É indie com alguns solos inúteis (ouça “Unsaid, Undone”, do disco Nook; e “puzzle”, do “12”), mas ainda tem ecos do primeiro disco, em que Helmet parece ser a maior “influência”. Em “Shrink”, o melhor deles, há muitos lances de jazz. Desses, “12” é o mais interessante e “Shrink”, aquele que mais apontaria o caminho a seguir.
Passaram cinco anos e os caras tomaram uma brejas, fumaram uns bagulhos e adocicaram a vida (com elefantinhos, mickeys e afins). Eis que então, veio “Neon Gold” (2002), beleza das belezas. Um Radiohead mais “radical”, ou seja, sem tantas guitarras e barulhinhos muitos mais estranhos. “Neon Gold” é O álbum do Notwist. Aquele pelo qual a banda merece ser conhecida.
O quarteto é formado pelos irmãos Markus e Micha Archer. Markus é vocal e toca guitarra. Micha é baixista. Martin Gretschmann é tecladista e programador. Martin Messerschimdt é o baterista. Os irmãos compõem as músicas.
O Notwist não é novo. Mas o Notwist de “Shrink” e, principalmente, de “Neon Gold” é. Então, tome as suas e entre na viagem dos caras.