NOVO NATIONAL – BOXER

Eu já havia falado desse disco, que sai dia 22 de maio nos Estados Unidos e Europa e Japão, e é o sucessor do bem-sucedido artisticamente “Alligator”, de 2005. Falei mas não dei detalhes. Ele se chama “Boxer” é o quarto do The National e, de acordo com a Rolling Stone, é um belo disco, mais bem acabado do que o anterior.

A banda agora usa pianos, elementos de sopro e coros. Normalmente essas coisas tendem a deixar o resultado bem mala, mas , nesse caso, estou impressionado. Pode uma banda melhorar tanto assim? “Alligator”, de 2005, já era muito bom, mas esse… Putz! Logo na primeira, “Fake Empire”, a banda já mostra que sem cordas, coros, sopros e pianos nada faria muito sentido no disco: uma canção com refrão grudento, mas que mantém o estilão deprê da banda, principalmente por causa do vocal de Matt Berninger.

Em “Mistaken For Strangers” é a bateria descompassada de Bryan Devendorf que dá o tom. Lembra Joy Division? Porque ai vem “Brainy”, a mais parecida com o disco anterior, com a diferença que os barulhinhos estão mais presentes e tem aquele tecladão climático… Não é nada genial, mas ninguém disse que seria. Os violinos aparecem em “Squalor Victoria”, com a bateria incansável por trás, poderia ser a trilha de um filme menos sombrio de Tim Burton. Um romance de Tim Burton, porque um filme “menos sombrio” dele ainda é um filme sombrio pra caralho. É uma das candidatas à melhor música do disco.

Mas aí vem “Green Gloves”. Ao invés dos violinos, o violão de Scott Devendorf (irmão do baterista) faz Berninger quase sussurrar, ao invés de cantar. Canção de ninar. Ou de pegar estrada. Ou para pôr-do-sol, essas merdas. Bem boa. “Slow Show” mantém o mesmo ritmo, mas com a bateria entrando vez por outra, pra ganhar o “bicho”. O jogo tá ganho. “Apartment Story” reforça o gosto de vitória; e “Start a War” é uma “Green Gloves” mais irônica… Preste atenção na letra… Não se assuste se “Guest Room” parecer simples demais. Ela realmente destoa das demais. Para pior. “Racing Like A Pro”, no começo, tem um deslize meio Devendra Banhart… Hmmmm, vai ter neguinho torcendo o nariz. Mas depois ela fica boa, com o violino e trumpete de fundo…

The National não é exatamente uma banda que caiu no gosto da crítica e do público. De Ohio, nunca foram “para o mundo”, embora tenha sido com a Beggars Banquet que eles fizeram seus dois melhores discos (“Alligator” e “Boxer”). Depois de ouvirem “Ada” e “Gospel”, todo mundo deveria mudar de opinião (se algum DJ exxxxxperto fizer um remix de “Ada”, para “as pistas”, vai se dar bem). Elas encerram esse que é um dos discos mais bacanas que escutei esse ano.

Baixe aí e ouça. Pode ser que eu esteja exagerando. Pode ser que não. Dizem que quanto mais a gente escuta, mais a gente gosta.

01. Fake Empire
02. Mistaken for Strangers
03. Brainy
04. Squalor Victoria
05. Green Gloves
06. Slow Show
07. Apartment Story
08. Start a War
09. Guest Room
10. Racing Like a Pro
11. Ada
12. Gospel

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Olha o clipe não-oficial de “Fake Empire” e babe:

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