A música faz milagres. Não sei se isso ainda vem à mente das pessoas, mas houve o caso do Michael Jackson na Austrália. Um fazendeiro enfrentava uma praga de corvos e não sabia mais o que fazer para acabar com ela. Colocou espantalhos e tudo o mais. Só que os corvos davam de ombros para o empalhado. Nada afugentava os pássaros malditos. Até que o filho passou a ouvir o CD “Black And White”, do ex-black Michael Jackson. Os corvos não chegavam nem perto da casa. O fazendeiro não teve dúvidas: colocou falantes por toda a fazenda e tocou Michael Jackson sem parar, a mesma música, o dia inteiro. Parece que aquela foi uma das melhores safras para o homem do campo.
Aí, corte para o zoológico de Zagreb. Suma, uma elefanta de 45 anos, estava triste pela morte da companheira Patna. Todo mundo sabe que tristeza em animais é algo mortal. Imagine uma tristeza de elefante! Pois bem, na comemoração do 81º aniversário do zoológico, organizou-se um concerto de música clássica. O evento era perto da área onde Suma fica. No começo, a tromba gigantesca jogava pedras nos transeuntes, até que começou a tocar Mozart. Na hora, a elefanta se acalmou e passou a apreciar o concerto. Dizem que foi impressionante a mudança de comportamento por causa de Mozart. O animal nem comia e passou a ser uma devoradora de feno. Instalaram um sistema de som na área dela e a elefanta se tornou fã de Mozart, Schubert, Bach e Vivaldi.
A música tem esse poder. Não só sobre os animais quadrúpedes e voadores, mas sobre os bípedes (pensantes ou não). A música se não vai mudar o mundo, porque o mundo não quer ser mudado, ao menos muda comportamentos, acalma, anima, agita, enfurece, liberta, alegra, entristece, faz pensar, faz dançar, movimenta. Ficar sem música é algo impensado.
É dureza acordar e não ouvir um som.