É óbvio que é uma brincadeira. Mas se você quiser levar a sério, fique à vontade. Aqui estão os momentos mais degradantes da música em 2012. Pessoas e eventos. A disputa foi tão grande, que dá dó deixar tanta coisa “bacana” de fora.
Fãs da Madonna, Michel Teló (ainda), PSY e os flashmobs de “Gangnam Style”, as propagandas do YouTube, os Maias e o Fim do Mundo (com o REM incluído), “Call Me Maybe”… Tem tanta coisa que poderia figurar nessa lista, mas, sabe como é, até nisso o Floga-se tentou sair do lugar-comum (aliás até o editor do Floga-se recebeu voto pra “mala do ano”. É justo).
Cada votante escolheu cinco “micos”, e cinco “malas”, sendo que a pontuação máxima era 5; a mínima, 1; e a menção honrosa valia 0,5) – leia com atenção o método aqui, no final do post.
O resultado foi esse:
MICOS
5.
Cancelamento SWU
Votos: 3 (CP, EB e FL)
Pontos: 9
Quando: outubro
“Começa com você” e termina numa piada total. A Internet se divertiu com o disse-me-disse do SWU em 2012. Quer dizer muita gente lamentou também: ninguém gosta de ver um festival indo pro buraco, mas convenhamos: diante da péssima organização da primeira edição e dos carros atolados na segunda, um bocado de gente não sentiu falta.
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4.
Rockers Noise Festival
Votantes: 4 (CP, EB, FL e RM)
Pontos: 12
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Quando: outubro
“Amigo, uma informação: como faço pra fazer um festival alternativo bem bacana e tals?”. A resposta pra essa pergunta pode variar um bocado, mas se a questão fosse como não fazer um festival, a resposta imediata seria “Rockers Noise Festival”. A primeira edição foi cancelada dias antes dela acontecer, adiada pra janeiro de 2013, depois, sem anúncio oficial sequer, cancelada de vez. A segunda edição, acredite, estava anunciada pra fevereiro. Frustração e ódio: tem gente que ainda não recebeu de volta o dinheiro do ingresso comprado. Um mico de proporções datanescas, digna de manchete com o balofo apresentador da Bandeirantes.
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3.
Fracasso na venda de ingressos de shows pop
Votantes: 4 (AH, GB, JVM e MC)
Pontos: 13
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Quando: julho e dezembro
Deu pra sentir o sorriso satânico dos indies, hipsters e principalmente dos filósofos de redes sociais: shows de grandes estrelas pop fracassaram miseravelmente nas vendas. Muitos falham que é “a bolha” dos shows estourando. Outros acham bobagem, que é só o público besta que não liga pra música. A maioria coloca a culpa no preço dos ingressos. Mas Lady Gaga e Madonna, fazendo shows concorrentes na atenção do bolso de seus públicos e com os produtores vendo as vacas indo pro brejo (ops!), acabaram se submetendo e momentos constrangedores como essa entrevista de Gaga ao Fantástico, que vale pela edição primorosa de Álvaro Pereira Junior, que tira uma com a cara dela, afinal de contas.
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2.
Dinho Ouro Preto
Votantes: 6 (Al, EB, FL, GB, JVM e RM)
Pontos: 22
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Quando: abril
Definitivamente, ninguém conseguiu ser mais tosco do que Dinho Ouro Preto com seu “Black Heart”, o disco de coveres que sabe-se lá o motivo ele resolveu lançar em 2012. Parece ser o típico caso do “amigo da onça” que respondeu “sim” ao ser perguntado ser era uma boa ideia criar tal obra. Entre os artistas que ele homenageou, estão Patti Smith, The Cure, Nick Cave, The Smiths e Joy Division. Impressionante, porém, foi o fato de que o assassinato das músicas nem estar no centro das reclamações: esse posto cabe ao erro estratégico do disco não vir com aqueles sacos pra enjoo.
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1.
Metal Open Air
Votantes: 8 (AH, CP, DA, EB, FL, GB, JVM e RM)
Pontos: 35
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Quando: abril
Caso de polícia ou vergonha mesmo? Os dois, claro. Nada foi mais vergonhoso – e engraçado, é preciso admitir – do que o martírio de metaleiros apaixonados do país inteiro, que gastaram o salário inteiro, em alguns casos, pra chegar àquela que parecia ser a terra prometida do estilo. Nada deu certo. Mais de vinte banda desistiram do evento, em cima da hora, por não terem recebido cachê ou a grana das passagens aéreas, os fornecedores brigam até hoje pra rever prejuízos e o evento virou piada internacional. Caso de polícia, sim, uma sacanagem sem tamanho com o consumidor e um mico de proporções kingkongianas. Ninguém recebia informações no local sobre o que estava acontecendo, todos se viam diante de uma estrutura precária e aqueles que foram até São Luís do Maranhão se viram diante de um dos maiores micos da história da produção de eventos mundial.
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MALAS
5.
Tiago Leifert
Votantes: 3 (CP e FL)
Pontos: 7
Pense num cara de mocassim, que joga videogame o tempo inteiro, parece despojado e é uma espécie de Luciano Huck do setor esportivo da Rede Globo. Thiago Leifert era “só” isso, mas com o “The Voice Brasil”, conseguiu ser também o cara mais chato da tevê brasileira, juntando aí na disputa o próprio Huck, o Gugu e a Fátima Bernardes. Tido como “coxinha”-mor, deve-se alertar que é uma injustiça com as coxinhas, que são, sim, bem mais rock’n’roll que o cidadão – que, acredite, canta.
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4.
Novela das Carteirinhas de Estudante
Votantes: 3 (FL, JVM e CP)
Pontos: 7
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O assunto ficou chato demais. Todo mundo sabe que o benefício da carteirinha de estudante é conversa pra boi dormir. Todo mundo paga inteira – quer dizer, todo mundo, não, tem aqueles que não têm a carteirinha e pagam… o dobro. Pior, os produtores admitem isso, de cara lavada. Tá tudo errado, a gente sabe, e a discussão tem que continuar até se achar uma solução, mas os filósofos de redes sociais e os bebês chorões que reclamam dos preços mas mesmo assim compram o valor desses ingressos dão no saco.
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3.
Gaby Amarantos
Votantes: 3 (CP, DA e FL)
Pontos: 7
A Gaby Amarantos foi parar na abertura de novela da Globo. Bom pra ela que batalhou por isso, mas, pô, ela foi parar na abertura de uma novela da Globo. Isso quer dizer que você assistindo novela ou não, volta e meia, durante os seis meses em que a cidadã tá cantando na abertura da novela, seus ouvidos vão se deparar com a música dela. Se isso não é chato, aconselho a você pedir de amigo secreto o novo disco do Munhoz e Mariano. Sim, você deve adorar o “Camaro Amarelo”.
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2.
Leonardo Ganem
Votantes: 3 (CPO, FL e JVM)
Pontos: 10
O cara mais chorão do Brasil é esse sujeito. Ele, pra quem não sabe, é o diretor da GEO Eventos, ligada à Globo e responsável pelo Lollapalooza Brasil. Em condições normais de temperatura e pressão, seria um profissional a se aplaudir, por viabilizar um dos eventos mais legais do Brasil. Mas não, ele consegue ser chato demais nas declarações, principalmente numa, em dezembro, em que comemorou pelo Twitter o pretenso cancelamento do Festival Planeta Terra (e e depois apagou a mensagem): “já enterramos o SWU, agora enterramos o Planeta Terra”. O humor desse cidadão é tão preciso quanto sua visão ética. Além do mais, diz pra todo lado que 95% dos ingressos vendidos pro Lolla são meia-entrada. Deve ser perto da verdade, mas sem apresentar a planilha fica difícil comprovar. Papel em branco aceita qualquer coisa, até rabugice e falta de ética.
1.
Dinho Ouro Preto
Votantes: 4 (CP, FL, JVM e RM)
Pontos: 18
É o campeão. Ninguém (e vale ressaltar: ninguém) consegue ser mais mala que o Dinho Ouro Preto. Não contente em brindar a humanidade com seu disco “Black Heart”, ele ainda achou por bem lançar um disco também com sua banda, o Capital Inicial, chamado “Saturno”. Dinho em dose dupla faz a gente torcer pra que os Maias estivessem certos com relação ao Fim do Mundo – ainda mais com esse primor de capa. A capa, ao menos emite um som decente: aquele dela se espatifando após terminar sua viagem lá no térreo, saindo do décimo sétimo andar.
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