O Dorgas divulgou hoje o novo single, “Grangongon”/”Fez-Cristo”. Quer dizer, “novo” é modo de dizer, já que a banda toca as músicas há um tempo em shows e tals (ouça-a nesse show que cobri, na Casa do Mancha, há poucos dias). Agora, o tratamento é cirúrgico em estúdio.
Como sempre com o Dorgas, em estúdio as brincadeiras ficam de lado e a densidade toma conta das notas. A músicas são longas, como de costume, mas só na extensão – porque elas precisam ser assim. Não há uma única intensão fora do lugar, tudo o que a banda quer musicalmente, ela consegue.
A charmosa bateria de Lucas Freire e a guitarra de Eduardo Verdeja comandam o clima lírico, do cada vez melhor indie jazz do Dorgas. As vozes de Gabriel Guerra, com um jeito único de cantar, e do cerebral Cassius Augusto (também no baixo e teclados) são o molho diferencial da banda. E “Grangongon” acaba sendo como o título: única, deliciosamente estranha, lindamente malemolente. “Fez-se Cristo” pode ter um título “comum”, mas é diferente de tudo o que você pensa em ouvir produzido aqui na Terra das Bananas.
O Dorgas acertou de novo. Mande pra cabeça!
Já peguei o do meio.