“Banda formada em 2011. Duas guitarras. Bateria. Voz. Letras com influências concretistas, chegando ao simples. Mais cisne, menos pavão”: com uma descrição dessas, fica difícil não acender a curiosidade sobre o que se trata. É a SILÉSTE, banda que nasceu de tantas outros grupos do Sul do país, mas principalmente do importantíssimo Viana Moog.
O quarteto é Madger Barte, que já tocou na Telefones, Moldavia e Devision (bateria); Leonardo Serafini, da Telefones, e Viana Moog (guitarra); Cris Spaniol, da Viana Moog (guitarra); e Everton Cidade, da Motor Mojo Junkie e Viana Moog (vocal). A banda se formou em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.
Pra quem conhece o trabalho da Viana Moog, não vai estranhar. A Siléste tem seu embrião criativo naquela mesma balbúrdia artística inquietante que aquecia as criações da VM: “tanto que esse foi um dos passos mais difíceis pra formar essa banda, conseguir desvencilhar disso”, diz Serafini, que completa: “tem todo um nome em volta da Viana, dez anos de estrada, um nome a cuidar, muito peso nas costas, sabe? É difícil deixar isso de lado hoje em dia”.
Por enquanto, a Siléste lançou oficialmente apenas um single, “Agulhas de Carnaval”, que você pode ouvir e baixar no player abaixo.
Os mais rodados poderão identificar no som e na letra (abaixo) ecos daquele pessoal que habitava coletâneas como “Não São Paulo”, ou ainda Vzyadoq Moe e afins. É poesia, é ruído.
O papel que trago
É confete barato
Pra tamanho estrago
(cacos nós. cacos nós)
E o meu trampo de santo
Não me paga tanto
(cacos nós. cacos nós.)
Onde você esta?
Eu levitava pela casa
Esquentando colheres
Esquentando colheres…
Aqui, uma amostra da banda ao vivo, tocando “Só É Feliz”. Uma guitarra fazendo ruídos e distorções, o baterista em pé… A Siléste não nasce como uma banda “comum”:
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