PAUL WELLER NO KEW THE MUSIC – COMO FOI

O verão no Hemisfério Norte é uma celebração. Ao contrário do lado de cá do globo, onde o inverno é quase uma mentira, às vezes uma total nulidade, lá, o frio dá mais as caras e quando o sol brilha forte, é preciso aproveitar. É quando as pessoas tomam os parques, aproveitam a natureza. E quando os festivais acontecem.

São muito: pequenos, médios, clássicos, tradicionais, gigantescos. E tem o Kew The Music, que acontece no Kew Gardens, em 2013, de 9 a 14 de julho.

Como conta abaixo a nossa correspondente Caroline De Carvalho (que esteve também no “festival Stone Roses”), é um evento família, de reunir amigos, comer, beber, se espalhar no chão, rir, e, claro, ouvir música boa.

A programação ofereceu dois artistas por dia: Blondie, com abertura de Hugh Cornwell, do Stranglers (dia 9); The Human League, com abertura de Howard Jones (dia 10); Paul Weller, com Charlie Boyer & The Voyeurs (dia 11); Jools Holland And His Rhythm And Blues Orchestra (dia 12); Leona Lewis, com Soul II Soul (dia 13); e Bellowhead e Billy Bragg, com abertura da escocesa Karine Polwart (dia 14).

O “pai do mod“, como Paul Weller (do The Jam e The Style Council) é conhecido, foi o único que esgotou os ingressos dessa turma toda. Faz sentido. Ele é amado pelos ingleses. Assim, juntar Weller com o calor do verão, um parque maravilhoso, amigos e comida e bebida num piquenique, acaba se tornando um programa especial.

O Floga-se esteve lá.


UM PRESENTE DE VERÃO
Texto e fotos: Caroline De Carvalho

“Os Reais Jardins Botânicos de Kew ou Jardins de Kew (em inglês, Royal Botanic Gardens, Kew ou Kew Gardens) são dos mais extensos, antigos e prestigiosos jardins botânicos do mundo. Os Kew Gardens, como em geral são conhecidos, constituem um grande complexo de jardins, arboretos e estufas situados num vasto parque localizado entre Kew e Richmond upon Thames, na periferia sudoeste de Londres”, é o que diz Wikipédia, a enciclopédia livre! hahaha

Foi mais um dia de sol e calor em Londres! Sim, faz duas semanas que tem feito dias dignos de verão na Inglaterra! Saí de casa às 18:30h e cheguei ao parque às 19:50h. Desta vez fui de carro com uma amiga, pois o parque é bem perto de onde eu moro, se não fosse hora do rush levaria uns dez minutos.

A entrada estava bem tranquila, todos que chegavam estavam devidamente equipados com seus kit picnic (desde isopor com bebidas, esteiras, cadeiras, até guarda-sol). Assim como eles, nós também levamos nossos comes e bebes. No local havia barracas de comida e bebida, mas acredito não terem faturado.

Quando entrei no espaço do show, a atmosfera parecia mais um domingo no parque com familiares (pais, mães, filhos e avós, eu até me senti uma adolescente perto da faixa etária do publico, que beleza!) do que um show de rock. Mas quando observei o publico com mais atenção, dava para perceber que, sim, era um show de rock, e mais, um rock que começou nos anos ’70 e continua com o fôlego e o pique dos tempos atuais – tá bom, só com o fôlego, vai…


Antes do tão esperado John William Weller, mas conhecido como Paul Weller, entrar no palco nós fomos presenteados (sarcasmo!), no meio do nosso pinic, com uma banda que na hora, eu comendo, bebendo e conversando nem prestei atenção no nome. Os dois amigos ingleses que estavam comigo também não conheciam e acredito que a maioria presente no local, também não. Tinha um pessoal de pé na frente do palco prestigiando a banda, Mas para o meu gosto era bem ruinzinha e barulhenta. Era a Charlie Boyer & The Voyeurs.

Falando em palco, que vista! A produção montou o palco bem na frente da estufa do Kew Gardens. É uma estufa enorme de vidro. A visão dela com o final da tarde, o sol se pondo, deixava tudo muito agradável.

Muito educado, como um lorde inglês, Paul Weller esperou todos terminarem seus picnics e entrou no palco às 20:45h. O show foi uma mistura de Paul Weller, The Jam e The Style Council.

A entrada foi bem boa. Ele soltou “Sunflower” e o pessoal começou a levantar devagarzinho, sem pressa, andando e cantando para mais próximo do palco. Tinha espaço suficiente pra todos curtirem o som, dançarem. Depois teve umas três ou quatro músicas, entre novas e da época do The Style Council. Mais pro meio e final do show ele tocou várias do The Jam e antigas do próprio Paul Weller. Apareceram “Wishing On The Star” (cover do Rose Royce, que Weller incluiu no seu “disco de coveres” “Studio 150”, de 2004), “The Changingman”, “Friday Street”, “Above The Clouds”, “Peacock Suit”, “Wild Wood”, “A Town Called Malice”, classicão do Jam, e outras. Terminou o show em grande estilo, com a infalível “That’s Entertainment”, também do Jam, às 22:30h.

Ao final, na hora de caminhar pra fora do parque, os produtores do evento nos presentearam (mesmo!) com uma sequência de cinco minutos de fogos de artifício. Por alguns minutos, eu me empolguei, pensei que estava no Révellion em algum parque de São Paulo e comecei a cantar “Adeus, ano velho / Feliz Ano novo…”; putz, o que o show do Paul Weller, mais alguns proseccos e mais uns fogos de artifícios fazem com uma pessoa? Pois eu adoro os três, não necessariamente na mesma ordem.

A saída foi bem zen, bem tranquila. Cheguei em casa às 23:00h. Nada mal pra uma quinta-feira de verão, num parque maravilhoso como o Kew, recebendo o Paul Weller. Que presente!

Veja a banda tocando “A Town Called Malice”:

Leia mais:

Comentários

comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.