PAUSA NA MÚSICA

O blogue é de música, mas esse que vos fala gosta de cinema, é claro.

Duas mortes a citar nessa semana, ambas na segunda-feira, dia 30 de julho: Ingmar Bergman e Michelangelo Antonioni.

O italiano não é dos meus preferidos, mas não dá pra negar a importância de “O Eclipse” (L’Eclisse, 1962), de “Blow-Up, Depois Daquele Beijo” (Blowup, 1966), de “Zabrinskie Point” (1970) e da bacanice que é “Profissão: Repórter” (Prefessione: Reporter, 1975).

O sueco eu acho mais bacana. Apesar de ser mais “cabeção”, é legal ver “Sorrisos de Uma Noite de Verão” (Sommarnattens Leende, 1955), “O Sétimo Selo” (Det Sjunde Inseglet, 1956), “Morangos Silvestres” (Smultronstället, 1957), “Gritos e Sussurros” (Viskningar Och Rop, 1972), “O Ovo da Serpente” (The Serpent’s Egg, 1977) e, claro, o primeiro e único que eu vi dele no cinema, “Fanny e Alaxander” (Fanny Och Alexander, 1982).

É em “O Sétimo Selo” que tem a cena que mais me impressionou, quando eu era ainda um filhote, sem entender grande coisa: o cidadão jogando xadrez com a morte. Ainda não morri, mas passei a jogar xadrez, gostar de filmes e fotografia preto e branco e a apreciar Bergman.

Não adianta nem compará-los com o cinema de hoje. Impossível. Falar de que “Transformers”, “Homem-Aranha” e outras baboseiras são chatas é batata, mas eu gosto, assisto e me divirto, exatamente a função que a música e o cinema devem ter. Se fizerem pensar, melhor ainda.

O próprio Bergman achava os seus filmes deprês. Portanto se o sujeito aí que tem a coragem de ler essas linhas resolver se aventurar, não o faço num sábado solitário de chuva, quando tiver uma espinha reluzente no meio do nariz. Se sentir um merda e ver essas filmes não é recomendável.

Mas é bom vê-los. Quase uma obrigação.

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