Antes dos famosos e quase esquecíveis shows no Pacaembu, em SP, em dezembro de 2006, o Pearl Jam era uma daquelas bandas que todos esperavam ver de qualquer maneira ao vivo.
Depois, eles lançaram um disco bastante meia-boca, o “Pearl Jam” azul, e sumiram.
Vão renascer em 2009. São 14 músicas novas já prontas, em fase de edição, e a promessa – pra Billboard – que vão fazer uma grande turnê em 2010, cobrindo os Esteites e… a América do Sul.
Os maldosos dizem que vir tocar no Brasil sem convite, por vontade, é um sinal de decadência. Pode ser. Aqui, é certeza de shows lotados e muita babação de ovo. Mas não sei se ainda é assim: o Brasil não está ainda taaaanto na rota dos shows, mas é um mercado interessante, porque se paga bem pelas apresentações. Em tempos de crise, não é disapensável.
De qualquer maneira, se a banda não passar por cá, como promete, em 2010, certeza que virá em 2011, quando completa 20 anos de carreira (20 anos…).
Podem não gostar por aí do Pearl Jam. A banda é isso aí. Assumiu uma honestidade musical bastante previsível. Mas irrita mais pelas posições politicamente corretas que assume. Quem gosta de rock e afins gosta de barulho, seja no som, seja na atitude.
Mas ninguém pode negar que a independência do Pearl Jam é maior do que a liberdade que as bandinhas que digo que gosto aqui, neste blogue, assumem.
Como o que importa é a música, sempre, ou quase sempre, porque, repito, atitude é sempre legal (para outros tem a roupa, as capas, sei lá), o Pearl Jam terá que se superar nesse novo disco, para não ser aquela banda do “No Code”, do “Ten”, do “Yield”. Porque já vai tempo.