QUATRO DIAS NO RIO DE JANEIRO COM GOGOL BORDELLO

Depois da passagem de Gogol Bordello pelo Brasil, para o Indie Rock Festival 2009, ficou esse relato pra lá de duvidoso, publicado na NME, sobre como ele (e talvez todos os gringos do mundo) enxergam o país.

Há uma série de preconceitos inocentes, um total desconhecimento da cultura local, tirando a “música”/ritmo e o futebol, e principalmente da língua.

Mas o pessoal da banda foi até bem agradável na sua impressão com a cidade que será sede das Olimpíadas de 2016 (termo que já tá virando clichê ao se referir da capital fluminense).

Nessa matéria, há boas imagens do shows e algumas curiosidades. Mas o melhor foi a ida deles ao Maracanã, ver o Fluminense fazer mais uma vítima, o Atlético Paranaense, domingo, 2 a 1, com quase 80 mil pessoas presentes. Não tem gringo que resista a essa emoção de ver o Mário Filho pulsando.

Ele sabe bastante sobre o time: “O Fluminense é um clube fascinante – por muito tempo considerado como os aristocratas do Rio, teve problemas com o racismo no começo do século passado. De fato, em 1914, um ‘mulato’ decidiu tirar o pó branco da cara afim de se revelar ao time (…) Estou mais afim de jogar fora esse incidente questionável e celebrar o clube – o Fluminense leva sacos de farinha pros jogos… É demais

Só pra explicar: o “mulato” em questão era Carlos Alberto Fonseca Neto, que foi do América pras Laranjeiras e teve receio de enfrentar os preconceituosos e almifadinhas torcedores do Fluminense. Segundo o site oficial do clube, “por isso, no jogo realizado em 13 de maio de 1914, Carlos Alberto tentou disfarçar sua cor, pulverizando pó de arroz no corpo. Durante o jogo, porém, o suor que lhe escorria pelo rosto, o deixou com um aspecto malhado e, ao perceber o truque, vieram das arquibancadas das Laranjeiras, os gritos de “pó de arroz”. Estava decretado mais um apelido do clube, até hoje carinhosamente assim chamado”.

O pessoal do Gogol Bordello foi muito bem informado. Nada que um punhado de caipirinhas não façam (e com isso eles se empanturraram, segundo o relato da NME).

Encerrando a matéria, há uma alusão um tanto estranha sobre o Rio de Janeiro e a indústria da música: a cidade “é um pouco como a indústria da música, não é segura e há pessoas ruins por todo lugar; mas, uma vez que você fica esperto, não há lugar mais divertido”.

Pensando bem…

Leia a matéria completa, veja os muitos clipes e se divirta aqui.

Uma palhinha pra você… A passagem de som na Fundição Progresso (e não Fundichao Progresso):

Ah, a Lapa…

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