Ricardo Donoso ainda é lembrado por “Saravá Exu”, o discaço que fez em 2015 (e que entrou na lista de melhores do ano do Floga-se), mas sua atividade anda em alta rotação.
Em 9 de março de 2017, ele lança seu segundo disco como Scuba Death, “The Worm At The Core”, via Furtherrecords, selo de Seattle, Washington. O primeiro trabalho com esse nome foi “Nitrogen Narcosis”, de 2014, pelo mesmo selo.
Como ele mesmo diz no Bandcamp, “uma faceta inata da condição humana é a maneira muito pessoal que escolhemos pra processar nossa própria fatalidade. Tendo de lidar com sentimentos como ansiedade, morte e medo, depois de quase se afogar, em sua juventude, Ricardo Donoso escolheu canalizar esses sentimentos pra seu processo criativo. O resultado foi Scuba Death, um projeto que foi plenamente realizado em Donoso. Depois de passar um tempo dedicado a estabelecer o seu selo Kathexis, bem como entregar uma trilogia de álbuns sob o seu nome pro selo Denovali, Donoso retorna pra mais com uma segunda obra como Scuba Death”.
Ouça na íntegra:
“The Worm At The Core” oferece seis faixas de um ambient classudo e enigmático, mas levemente diferenciado por “batidas afro”, por assim dizer, nas faixas finais, “A Panic Rumbling Beneath” e “The Scheme Of Things”.
“Há mudanças sutis presentes aqui”, diz o texto de apresentação do disco: “Donoso opta por olhar pra a terra em vez de água em buica de inspiração sonora em gravações de trovoadas. Estas gravações de campo continuam a desempenhar um papel fundamental pro som do Scuba Death, juntamente com a habilidade de Donoso com equipamento analógico e colagens, enquanto o violoncelo de Rafa Selway é fortemente incorporado na obra”.
A produção é do próprio Donoso, com master de Rashad Becker.
1. Paradox Of Finitude
2. Cracks In The Shield
3. Mortality Salience
4. Senescence
5. A Panic Rumbling Beneath
6. The Scheme Of Things