“Siléste”, o primeiro disco do quarteto gaúcho, lançado em 2012, ofereceu ao mundo uma banda boêmia e suja, direta e melancólica, pós-punk, rastejante, apocalíptica.
“Alien/Iansã”, o segundo disco cheio, lançado dia 30 de outubro de 2015, com apenas nove músicas e curtíssimo, com vinte e seis minutos, reforça a vocação da banda. Temos aqui nove músicas de guitarras cortantes e vocal subterrâneo, numa fórmula que aprecia Joy Division, The Gun Club e The Fall, urgentes e barulhentas. Um bom destaque é a hipnotizante “Carmurrice” (veja o vídeo aqui) – e as letras das canções.
O trabalho foi produzido por Stefano Fell, guitarra e vocal da Loomer, com lançamento pela Lezma Records.
A Siléste é Everton Cidade (vocal), Cristiano Spaniol (guitarra), Leonardo Serafini (guitarra) e Mádger Barte (bateria).
Ouça na íntegra:
Poesia e guitarras ainda podem se unir sem parecer piegas, sem se fincar em palavras e cenários fofos. A Siléste mergulha em insanidade, torpor e demência pra passar seu recado: é uma banda alienígena no cenário brasileiro, “não estás comigo, não estás consigo, fechou-se em nós”, como declamam em “Rômulo” (uma música que o Interpol cortaria um braço pra ter criado).
“Alien/Iansã” é um disco fácil de se assimilar, de absorver, apesar da cama toda. É estranho e único. Belo por isso.
1. Casmurrice
2. Kika
3. Rômulo
4. Crazy Kids Never Die
5. Bem Estar
6. Rádio
7. Marinho
8. Triste Esforço De Ser Moço
9. Hiena (clique aqui pra ver o vídeo)