Árdua missão essa de resenhar o show do Silver Apples.
Sexta feira, 17 de fevereiro de 2012, data histórica. Era uma sexta-feira, véspera de Carnaval. O Silver Apples fala por si só, influente até dizer chega, os mestres do experimentalismo, que criaram uma obra com seguidores ilustres, como Suicide, Spacemen 3, Chemicals Brothers, só para ficarmos nos mais distintos.
É fato que a dupla formada por Danny Taylor e pelo mestre Simeon criou obras finas fundamentais pra história contemporânea da música pop. Isso lá nos idos de 1967. Danny já nos deixou há tempos, mas Simeon permanece nos dias atuais propagando a obra do Silver Apples e a oportunidade gerada pelo SESC era única, carregada de um clima nostálgico a todos os presentes no teatro da unidade da Vila Mariana.
A capacidade de público do teatro estava totalmente completa, diga-se de passagem um público da velha guarda da música nacional – ilustres presenças, como donos de lojas de discos de São Paulo, críticos das antigas, membros de bandas e todos nós da época áurea da cena alternativa nacional. É, nada de indie kids, afinal, eles jamais saberiam quem é o Silver Apples.
Confesso que não me recordo neste momento quem ficou a cargo da abertura, mas também pouco importa, porque todo o público estava no boteco ao lado batendo papo, falando sobre música, propondo novos projetos, relembrando de causos antigos e logicamente bebendo, porque o calor estava insuportável.
Muito ansiedade e lá fomos todos pra dentro do SESC, porque o acontecimento iria começar. Logo de cara, Simeon com seu famigerado oscilattor dá início à odisséia psicodélica do Silver Apples.
Sonoramente perfeito do inicio ao fim, canções frígidas que tornam-se uma droga alucinógena capaz de perpetuar as maiores loucuras em todas as mentes presentes.
Mas… A música do Silver Apples precisa de elementos visuais pra que o efeito da alucinação seja completo, e aí o show tornou-se morno, porque não havia telões, não havia imagens psicodélicas, somente nas mentes mais alucinadas foi possível a trip completa e infelizmente o efeito da música do Silver Apples, assim, ficou a desejar. Mas no frigir dos sons, Simeon pôde ilustrar o quão poderosa e atual é a obra do Silver Apples, nas nove músicas apresentadas.
Quem sabe numa próxima oportunidade com alguém mais lunático e com imagens complementando, Simeon possa transcender a música novamente.
1. Misty Mountain
2. Velvet Cave
3. A Pox On You
4. Streams Of Sorrow
5. Seagreen Serenades
6. I Don’t Care What the People Say
7. You And I
8. Oscillations
BIS
9. I Have Known Love
Veja “A Pox On You”
“Oscillations”
Ambos os vídeos (e outros mais) por flaviadurante.
Cara, o show foi ótimo! Mas infelizmente você não sabe escrever então não deu para o público em geral sacar como foi. Sério, você escreveu mta merda. Espero que não ganhe dinheiro com isso…
Flávio, concordo com você o show foi ótimo, mas poderia ter sido perfeito, até ok…todavia, já que eu não sei escrever, me faz um favor, quanto você cobra por hora para lecionar para mim?imagino que você seja doutorado em letras ou similar…e quanto a ganhar dinheiro, fica frio…seu desejo já foi realizado…abração!!!hahhahahahahhahahahahhahahahhaha
[…] o Carnaval, “fevereiro” teve o Silver Apples ao vivo, pra quem não curte um baticundum. Mas só. Porque foi “março” que nos trouxe […]
[…] ninguém menos que Simeon Oliver Coxe III, o Simeon, ou Silver Apples, retornando ao país um ano e meio depois da passagem anterior, que, infelicidade das infelicidades, ocorreu numa sexta-feira de […]