A Slumberland Records surgiu em 1989 como um coletivo de várias bandas de Washington, capital dos Esteites, que queriam lançar seus primeiros singles. Entre essas bandas estavam a Velocity Girl, Black Tambourine e Powderburns, justamente as bandas que aparecem no lançamento número 1 do selo, um sete polegadas com uma música de cada artista, “What Kind Of Heaven Do You Want”, em dezembro daquele ano.
Mas o primeiro disco mesmo só foi ser lançado em 1991, da Lilys (banda de Kurt Heasley, de Washington D.C.), “In The Presence Of Nothing”.
O selo desde o seu começo sempre apresentou uma característica própria, carregada das bandas que integraram o coletivo: um indie-pop inspirado no C86 inglês, com apreços ao pós-punk, ao lo-fi e ao soft noise. A Slumberland tem uma cara, o que é essencial pra um selo.
A história do selo pode ser dividida em duas partes, da fundação até 2001, quando deu uma parada substancial, e de 2006 até hoje. Na primeira parte, bandas como Velocity Girl, Black Tambourine, Lilys, Sleepyhead, Lorelei, Rocketship, The Ropers e Boyracer (que lançou também pela famosa Sarah Records) davam um clima um tanto caseiro. Na segunda parte, houve uma expansão. Vieram lançamentos em parceria com a Memphis Records, com a Fortuna Pop!, com a Bella Union e outros, com bandas que definiram o estilo da Slumberland: Girls Names, The Pains Of Being Pure At Heart, Weekend, Crystal Stilts, Gold-Bears, Frankie Rose, Veronica Falls, Liechtenstein (da Suécia, conheça aqui), Procedure Club, Brilliant Colors, Tender Trap, Phil Wilson, Big Troubles, Echo Lake, Violens, todos preferidos aqui da casa.
Você ouve essas bandas e percebe uma unidade. É o “som Slumberland”, mesmo que você não soubesse disso, ou não tivesse se atentado, porque embora o selo tenha expandido sua atuação, ainda é pequeno e trabalha com um nicho muito específico do subterrâneo da música – como tem que ser, aliás, no processo de criação de uma identidade própria.
Como diz a apresentação no site oficial, “as bandas da Slumberland são independentes da melhor maneira possível – fazendo música desprovida de besteira e fiéis a si próprias, independentemente do gosto popular atual”.
01.
Música: “Clock”
Artista: Velocity Girl
Disco: “What Kind Of Heaven Do You Want?” (coletânea)
Ano: 1989
02.
Música: “By Tomorrow”
Artista: Black Tambourine
Disco: “By Tomorrow” EP
Ano: 1991
03.
Música: “Snowblinder”
Artista: Lilys
Disco: “In The Presence Of Nothing”
Ano: 1992
04.
Música: “Young Adult Friction”
Artista: The Pains Of Being Pure At Heart
Disco: “The Pains Of Being Pure At Heart”
Ano: 2008
05.
Música: “The Dazzled”
Artista: Crystal Stilts
Disco: “Alight Of Night”
Ano: 2008
06.
Música: “Feel Sorry For Me”
Artista: Procedure Club
Disco: “Doomed Forever”
Ano: 2010
07.
Música: “‘Round Your Way”
Artista: Brilliant Colors
Disco: “Again And Again”
Ano: 2011
08.
Música: “Know Me”
Artista: Frankie Rose
Disco: “Interstellar”
Ano: 2012
09.
Música: “Celebration, FL”
Artista: Weekend
Disco: “Jinx”
Ano: 2013
10.
Música: “Yeah, Tonight”
Artista: Gold-Bears
Disco: “Dalliance”
Ano: 2014